Convidado da bancada do Jornal da Cultura desta quarta-feira (13), o economista e doutor em ciência política Ricardo Sennes disse que a política de guerra às drogas adotada pelo Brasil se mostrou ineficiente.
"O pragmatismo tem dito que você não reprime esse tipo de coisa [drogas]. Você regulamenta e reduz danos. É a mesma questão do álcool", disse.
O cientista político citou práticas adotadas na regulamentação do consumo de bebidas alcoólicas, como o pagamento de impostos sobre o produto e o controle de qualidade pelo Estado, que poderiam ser adotadas para os entorpecentes.
Nesta quarta-feira (15), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou uma proposta que prevê incluir na Constituição o crime de posse e porte de qualquer quantidade de drogas ilícitas. A votação é considerada uma resposta dos parlamentares ao julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal, que tende a não tornar crime pequenas quantidades de maconha para uso pessoal.
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“Existe um princípio moralista por trás disso tudo, muito pouco pragmático, e o resultado vai ser isso, a gente vai encher as prisões brasileiras com ‘aviões’, aquela pontinha do tráfico que está na rua. Não vai alterar em absoluto o tráfico de drogas, porque não é uma política que tá mirando desmontar o core do consumo, ou o core do crime, ela está querendo pegar a ponta para fazer populismo”, afirmou Sennes.
Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta quarta-feira (13) no Jornal da Cultura:
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