Voluntários do Rio Grande do Sul reforçam necessidade de doações de itens não convencionais
ONGs e grupo de voluntários estão arrecadando material escolar, papinhas para bebês e roupas para socorristas
20/05/2024 17h13
Comida, água e itens de higiene pessoal são doações fundamentais para ajudar a população do Rio Grande do Sul, que foi devastado pelos temporais nas últimas semanas. Mas não é só isso que eles precisam. Muito voluntários pedem doações não convencionais, como papinha de bebê, material didático e escolar.
Em São Bernardo do Campo, município da Grande São Paulo, Ana Lessa, que é terapeuta ocupacional, prepara kits educacionais para as crianças gaúchas.
“Quando a gente pensa em criança, precisamos lembrar que criança é criança em todos os momentos. Independente da situação. O brincar é uma ocupação da criança e é onde acontece todo o desenvolvimento”, explica.
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Outra preocupação é com a população PCD. A retomada da normalidade para eles é ainda mais difícil. Pensando neles, a Marina Batista, fundadora do Rodando pela Vida, abriu uma vaquinha e irá fazer doações diretamente para as pessoas com deficiência.
“Nós estamos focando na arrecadação de valores, já que cada deficiência tem uma demanda específica. A gente está fazendo arrecadação de materiais diretamente com as empresas. Então, as pessoas jurídicas estão fechando parceria conosco para enviar para lá grandes quantidades. Temos postos de destinação em parceria com Conselho Estadual da pessoa com deficiência”, conta Batista.
Em Porto Alegre, o chef de cozinha Marcelo Schambeck foca na produção de papinha para bebês, uma demanda feita diretamente das pessoas dos abrigos.
Doações para os voluntários
As doações não são feitas apenas para as vítimas das chuvas. Alguns materiais estão sendo enviados para ajudar quem está na linha de frente dos resgates. A representante comercial Maria Aparecida Custódio enviou roupas de borracha para os socorristas.
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“Um socorrista precisa usar uma roupa de borracha. Com a temperatura baixa e água gelada, essa é a roupa que elas passam o dia inteiro”, diz Maria.
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