O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (29) que parte da investigação sobre a tentativa de promover um atentado a bombas no aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, deve tramitar na Corte.
De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), a ação envolveu a participação de George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza. O ataque só não aconteceu porque o motorista do caminhão em que a bomba foi instalada acionou a Polícia Militar após ter encontrado o explosivo.
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Os três foram condenados à prisão pelos crimes de incêndio e expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio. George Washington responde também por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o ministro, há ligações entre o caso, no que diz respeito a supostos crimes contra o Estado Democrático de Direito, e outros inquéritos que tramitam na Corte.
As outras ações que estão no STF apuram ações antidemocráticas como, por exemplo, as manifestações em 7 de setembro de 2021 e os atos violentos em Brasília no dia da diplomacia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 12 de dezembro de 2022.
"Vislumbra-se, neste caso, que as provas das infrações supostamente cometidas pelos investigados, ou ainda, suas circunstâncias elementares, influem diretamente nas investigações ainda conduzidas neste Supremo Tribunal Federal", escreveu Moraes.
Agora, o procedimento ficará sob a supervisão do Supremo, que terá a competência para processar e julgar o caso. Alexandre de Moraes ainda deu prazo de 30 dias para as diligências da Polícia Federal.
Uma parte do processo sobre o explosivo instalado próximo ao Aeroporto de Brasília já foi analisada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
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