Uma pesquisa recente, que dividiu o país em 59 regiões, chegou a resultados alarmantes: o valor do salário mínimo brasileiro está bem abaixo do necessário para que uma família tenha uma vida digna. Em São Paulo, por exemplo, a renda mínima para um cidadão ter uma vida digna deveria ser de R$ 3.882.
O economista Ricardo Sennes afirmou que quando o governo propõe uma política pública ou define o salário mínimo por meio de uma média nacional, acaba tomando uma decisão equivocada.
“A economia funciona com incentivo. Se você dá um incentivo pequeno numa região com custo de vida mais alto, não irá fazer efeito. E um estímulo muito acima da lógica do padrão de renda local, é um exagero e está jogando dinheiro fora. Não é uma política pública eficiente”, explicou.
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Para exemplificar seu ponto de vista, ele citou os salários dos professos de escolas públicas paulistas, que estão com uma remuneração defasada. Mas, há profissionais da mesma área ganhando muito mais que a média local em outras regiões do país.
“O Brasil está demorando para reconhecer uma coisa que está evidente: não dá para fazer o salário mínimo, nem de funcionário público, baseado em uma média nacional. Assim, você não responde nem um lado e nem o outro”, finalizou.
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