Um estudo divulgado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra que o número de eventos climáticos extremos no Brasil mais que triplicou nas últimas duas décadas.
De 1993 a 2002, houve cerca de de 9.772 fenômenos climáticos no país. Entre 2013 e 2022, os brasileiros presenciaram 30.602 eventos desse tipo.
Os fenômenos hidrológicos, que consistem em alagamentos, chuvas intensas, enxurradas, inundações e movimentação de massa/deslizamentos, aumentaram em 300% no período citado.
Consequências
Um fator que pode estar relacionado à alta nos fenômenos hidrológicos é o aumento de determinadas doenças, como por exemplo a leptospirose.
O número de mortes causadas pela leptospirose no Brasil cresceu 44% em três anos. Dados levantados pelo Ministério da Saúde apontam que, enquanto 195 pessoas faleceram em decorrência da doença em 2020, ela vitimou 281 cidadãos em 2023.
A leptospirose é uma doença infecciosa, que, por sua vez, é transmitida pela urina de ratos que têm a bactéria Leptospira. São contaminadas as pessoas que tiverem contato direto ou indireto com a excreção dos animais doentes.
Ou seja, uma região tomada por enchentes - fenômeno que tem sido cada vez mais comum em diversos locais do país - tende a observar um aumento na quantidade de infecções.
A doença em questão não é considerada de alta letalidade, mas pode levar o paciente a óbito quando desenvolvida de forma mais grave. Até o mês de abril, o Brasil registrou 734 casos e 72 mortes neste ano.
Rio Grande do Sul
Na semana passada, o número de mortes por leptospirose desde o início das enchentes no RS subiu para 15. Ao todo, 3.658 possíveis casos foram notificados, com 242 já confirmados, segundo a Secretaria da Saúde do governo gaúcho.
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