Fundação Padre Anchieta

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Estudo realizado pela Vidalink, plataforma de bem-estar corporativo, revelou que o consumo de antidepressivos por trabalhadores brasileiros aumentou 12% no primeiro trimestre de 2024. Empregados de 39 a 43 anos são os que mais fazem consumo (19,8%), seguidos da faixa de 44 a 48 anos (16,5%).

O levantamento foi realizado a partir na análise de consumo de 196 mil funcionários de 250 empresas diferentes.

“Nos ambientes de trabalho, a gente vai ter tensionamento importantes por conta das ameaças da punição, do risco de desligamento ou de encerramento de contrato. Então, acho que depois da pandemia, a gente tem, além do que a gente já conhecia da grande carga de trabalho, a falta de reconhecimento”, explica Ana Tomazelli, diretora de RH.

A crise econômica também causou uma piora da saúde mental dos trabalhadores.

“No Brasil, a gente tem uma coisa que é a desigualdade muito grande. Então, condições de pobreza e condição de necessidade acaba gerando mais estresse. Quando tenho mais estresse, eu tenho mais fator de risco. É um somatório de coisas que acaba refletindo no trabalho. Embora, no trabalho, existam condições que acabam piorando também”, afirma o psiquiatra Bruno Mendonça Coelho.

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A maior causa de incapacidade no trabalho são os transtornos mentais, segundo a Organização Mundial da Saúde. Esse problema é de responsabilidade dos governos e também das empresas. Muitas companhias de grande porte têm encarado esse desafio, mas são minoria no mercado.

Nove em cada fez empresas são pequenas ou médias. Então, o orçamento apertado e a desvalorização da saúde mental levam à falta de prevenção.

“A gente precisa prestar bastante atenção, não apenas nos contornos ou nas soluções, mas como é que a gente resolve e evita antes de isso acontecer. É bonito ter sala de descompressão, mas a gente devia se perguntar, o que é que tá comprimido”, completa Tomazelli.

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