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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o envenenamento de cerca de 40 cães na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O assunto ganhou as redes sociais quando o ator Cauã Reymond divulgou que seus dois cachorros tinham sido envenenados.

Os cães foram envenenados na casa do ator, no Rio de Janeiro. Um dia depois da publicação, ele anunciou que um de seus cachorros, o Romeu, tinha morrido.

O outro animal, a cachorra Shakira, teve alta e se recupera em casa. O caso em questão é investigado pela polícia, que busca entender se há uma conexão com os outros episódios registrados na cidade nas últimas semanas.

A suspeita é de que uma substância tóxica tenha sido colocada pelas administrações dos condomínios da área nos canteiros para evitar a proliferação de ratos e insetos. As investigações acontecem com o apoio da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal.

Após as ocorrências, a população se preocupou em como prevenir casos de envenenamento, principalmente nas ruas. Em conversa com o site da TV Cultura, a veterinária Sofia Dressel Ramos, formada pela Universidade de São Paulo, afirma que é muito importante estar atento ao local do passeio e sempre observar os momentos dos pets.

“Em primeiro lugar, precisamos sempre estar muito atentos ao local do passeio. É muito comum ver pessoas andando com os seus cães e mexendo no celular, isso tira totalmente o foco e não podemos ficar distraídos mexendo no telefone”, aponta.

Engana-se quem pensa que só os ‘chumbinhos’ podem causar uma intoxicação. Também é importante prestar atenção com plantas, alimentos e medicamentos, por exemplo. Na rua, segundo a especialista, esse cuidado precisa ser redobrado.

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“Também precisamos estar atentos aos arredores, ao ambiente, para ver se não tem alguma planta que o animal possa comer no meio do caminho, se não tem algum resto de comida jogado no chão”, explica.

“Dê preferência para locais que sejam conhecidos, que não apresentarão risco de encontrar alguma coisa tóxica, de alguém ter jogado alguma coisa no chão. Em locais conhecidos a gente tem mais segurança, segurança de onde o nosso cão está andando, porque não é só a questão de alguma coisa que ele possa comer e ingerir”, completa.

De acordo com a médica veterinária, as intoxicações não acontecem apenas na digestão do animal, mas também podem ocorrer pelas vias inalatórias, ou seja, pela respiração, e ainda por contato com a pele do animal.

Uma possível intoxicação pode causar diversos problemas aos cachorros, como diarreia, náuseas, e em casos mais graves, leva até a morte do animal. Para evitar diagnósticos mais sérios, a ida ao veterinário é fundamental para salvar o animal.

“Cada tipo de intoxicação tem um tratamento que pode ser diferenciado, por isso, a recomendação é sempre levar no veterinário. A gente ouve muito sobre tratamentos caseiros, mas a gente não tem como saber direito sobre qual foi a intoxicação. Ficar tentando resolver esse problema em casa só atrasa mais o tempo de tratamento”, destaca.

A maior dificuldade no tratamento é descobrir qual substância foi responsável pela intoxicação, uma vez que cada uma pode agir de forma diferente no organismo do pet. Além disso, o tipo de envenenamento também influencia no início dos primeiros sintomas.

Os principais sintomas de intoxicação são: desânimo do animal, cor da mucosa diferente na gengiva, vômito, diarreia, mudanças bruscas no comportamento e dificuldades de respiração.

A médica veterinária alerta ainda que todos os cachorros, independente de porte e raça, podem ser atingidos com agentes intoxicantes e envenenamento.

“O cuidado precisa ser independente da raça do pet. A diferença para os animais menores é que uma pequena dose já pode ser muito para eles, eles são mais sensíveis por causa da quantidade. Mas tem substâncias também que são tão tóxicas que mesmo numa pequena quantidade, podem gerar efeitos muito graves, por isso que para cachorros de grande porte isso também acontece”, ressalta Sofia Ramos.



O risco dos pesticidas

Segundo a especialista, o uso de substâncias tóxicas nas ruas, sem aviso prévio, coloca a vida dos animais em risco, sendo necessário ter segurança para fazer o uso do material.

“Na rua, sem aviso, sem nada, é perigoso. Qualquer tipo de veneno, seja para rato ou barata, é tóxico para os cães, para os gatos e para as crianças. A recomendação é sempre quando for utilizar raticidas ou outras substâncias, é de que adquira em locais confiáveis, que sejam regulamentadas. Nós também temos empresas especializadas no controle de pragas e essas empresas fazem o uso dessas substâncias de forma mais segura para evitar esse tipo de acidente”, diz.

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