O Palácio do Planalto prepara um corte de mais de R$ 20 bilhões nas despesas contratadas pela União para este ano. O objetivo é garantir o cumprimento da meta de resultado primário definida pelo arcabouço fiscal.
A equipe econômica busca possíveis "gorduras" em todo o orçamento federal para tentar equilibrar as contas públicas até o fim de dezembro, ou pelo menos cumprir a banda prevista no arcabouço fiscal, que permite um déficit de até 0,25%.
Se a arrecadação federal subir nos próximos meses, entretanto, parte do corte voltará aos ministérios da Esplanada.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reforçou a promessa do governo de cumprir as metas do arcabouço, mas garantiu que as pastas da Saúde e Educação sairão ilesas.
“O presidente Lula falou que tem que ser feito o que for necessário para que se cumpra o arcabouço fiscal, bloqueio e contingenciamento necessário pra isso. É claro que você tem áreas para fazer isso. Os números desse bloqueio e contingenciamento estão sendo avaliados pelo ministério da Fazenda e do Planejamento”, afirmou Padilha.
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Mais cedo, o presidente Lula (PT) se reuniu no Palácio do Planalto com os ministros Rui Costa, da Casa Civil; Fernando Haddad, da Fazenda; e José Múcio Monteiro, da Defesa.
Depois da conversa, Múcio revelou ao jornal Valor Econômico que foi ao Planalto pedir uma ampliação dos recursos das Forças Armadas, e que explicou ao presidente que os militares estão com orçamento represado há dez anos. Ainda segundo Múcio, Haddad teria, então, lhe garantido que a defesa ficaria de fora dos cortes e bloqueios de recursos.
Nesta quinta-feira (18), os ministros da junta orçamentária do governo se reúnem para analisar o tema. Além do ministro da Fazenda, estarão no encontro Simone Tebet, do Planejamento, e Esther Dweck, da Gestão e Serviço Público.
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