Com poucas apresentações de propostas, 1º debate em SP é marcado por acusações; veja destaques
Primeiro confronto contou com a presença de Boulos, Nunes, Datena, Marçal e Tabata
09/08/2024 09h35
O primeiro debate da disputa pela Prefeitura de São Paulo aconteceu na noite dessa quinta-feira (8) com a participação de cinco candidatos.
Promovido pela Band, na zona sul da capital paulista, contou com a presença de Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).
Com mediação do jornalista Eduardo Oinegue, o debate foi dividido em três blocos. No primeiro, eles responderam à mesma pergunta: "São Paulo é o principal destino turístico do Brasil. Se for eleito, o que fará de objetivo para que o Centro de São Paulo volte a ser o orgulho desta cidade?".
No seguinte, jornalistas fizeram questionamentos para cada candidato, com direito a escolher outro para comentar a resposta. Entre os temas abordados, estiveram: segurança pública, educação, continuidade de governo, urbanismo e trânsito e mobilidade urbana. Já no terceiro bloco, os políticos voltaram a questionar entre si.
Ao final, cada um ainda teve a oportunidade de fazer considerações finais, além de poder escolher falar sobre um dos temas apontados como prioridade pelos eleitores/telespectadores, sendo eles educação, saúde, segurança, emprego e transporte.
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Destaques
O atual prefeito de São Paulo foi o principal alvo de todos os adversários. Logo no começo, no primeiro confronto direto, Marçal o chamou de “incompetente” e citou mais de 80 mil moradores de rua na capital paulista e mais de “192 mil pessoas precisando de cirurgia”.
No entanto, o principal embate foi entre Nunes e Datena, que afirmou que o prefeito não deu sequência às obras iniciadas por seu antecessor, Bruno Covas (PSDB): “Esse cidadão em vez de dar sequência, tem suspeita de se envolver com o PCC [Primeiro Comando da Capital] no transporte público também”.
Posteriormente, foi concedido um pedido de resposta, onde ele acusou o jornalista de ter sido condenado na Justiça por imputar crimes para pessoas inocentes.
“A honra da pessoa não pode ser atacada. Está claro o joguinho que ele [Datena] está fazendo ali com o Boulos. É um grande apresentador, quase 30 anos, aqui não é um programa de televisão. Tenha respeito. E vai ganhar mais um processo”, ressalta.
Tabata, por sua vez, perguntou sobre o boletim de ocorrência que Regina Nunes registrou contra o marido por violência doméstica em 2011, o que fez com que ela gritasse na plateia do debate com o questionamento.
Nunes esclareceu que: “Eu realmente tive com a minha esposa, há 14 anos atrás, um período de uns quatro ou cinco meses que a gente realmente se separou, tivemos um desentendimento, mas nada de agressão, nunca levantei um dedo e ela já falou isso”.
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O debate durou cerca de duas horas e teve poucas apresentações de propostas dos candidatos. Outros cinco não foram convidados para o evento por não terem representação mínima no Congresso. São eles:
Marina Helena (Novo);
Altino Prazeres Júnior (PSTU);
Bebetto Haddad (DC);
João Pimenta (PCO);
e Ricardo Senese (UP).
O partido de Marçal também não possui representação mínima, mas foi convidado em razão de uma “análise jornalística de relevância editorial”. Ele tem aparecido em pesquisas entre os quatro primeiros colocados.
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