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Reprodução | Flickr Tribunal Superior Eleitoral TSE
Reprodução | Flickr Tribunal Superior Eleitoral TSE

O bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), trouxe à tona na última terça-feira (13) um ofício do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicita o bloqueio de perfis bolsonaristas na plataforma.

A decisão, datada de quinta-feira (8), inclui a suspensão de contas e a coleta de dados telemáticos de indivíduos que acessaram uma das contas alvo, sob pena de multa diária de R$50 mil.

Moraes, no documento sigiloso, determinou o bloqueio das contas de diversas figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o influenciador Ednardo Raposo, o engenheiro Cláudio Luz, o pastor Josias Pereira Lima, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), Paola da Silva Daniel (esposa do ex-deputado federal Daniel Silveira), além de Mariana e Sandra Eustáquio, esposa e filha do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, respectivamente. A medida também afeta Sérgio Fischer, conhecido por seus comentários em apoio a Bolsonaro nas redes sociais.

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A divulgação por Musk foi acompanhada de críticas ao que ele classificou como uma tentativa de censura no Brasil.

"Esta plataforma está sendo solicitada a censurar conteúdo no Brasil, onde as exigências de censura nos obrigam a violar a lei brasileira! Isso não está certo", escreveu o empresário.

Em resposta, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, afirmou: "Vocês não são os censores, pelo contrário, são vítimas de um bizarro abuso de poder ditatorial!".

A publicação de Musk ocorreu poucas horas após uma reportagem da Folha de S. Paulo apontar que o ministro Alexandre de Moraes utilizou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar aliados de Bolsonaro. 

De acordo com o jornal, mensagens sugerem que o juiz instrutor de Moraes, Airton Vieira, solicitou informalmente relatórios específicos ao funcionário do TSE, Eduardo Tagliaferro, que posteriormente foram encaminhados ao inquérito das fake news no STF.

Em nota, o gabinete de Moraes justificou que as ações foram conduzidas de forma oficial e regular, com a devida documentação nos inquéritos e investigações em curso no STF, e que contaram com a integral participação da Procuradoria Geral da República. Até a tarde desta quarta-feira (14), tanto a publicação de Musk quanto os perfis mencionados continuavam ativos no X.

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