Polícia investiga sistema bancário do PCC que lava dinheiro da Cracolândia
De acordo com a Polícia Civil, foram apreendidas cédulas de euro, libra e dólar, documentos, veículos de luxo e aparelhos eletrônicos
23/08/2024 17h03
A Polícia Civil de São Paulo cumpre nesta sexta-feira (23) a quinta fase da “Operação Downtown”, que visa desarticular o funcionamento do sistema bancário do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo informações do jornal O Globo, as investigações mostram que o dinheiro proveniente do tráfico de drogas da Cracolândia é lavado em bancos, casas de câmbio e companhias no Brasil e no Uruguai.
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Ao todo, cerca de 31 mandados de busca e apreensão estão sendo executados na cidade de São Paulo, Paraná e no Rio Grande do Sul. Contas ligadas às empresas investigadas foram bloqueadas.
O delegado Fernando José Santiago, do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcotráficos (Denarc) , o sistema bancário do PCC é composto por muitas empresas fictícias. Além disso, uma dessas empresas havia sido registrada no nome de uma pessoa em situação de rua.
“Alguns titulares das empresas nem sequer sabiam da existência delas. Uma foi constituída, por exemplo, em nome de morador de rua. Descobrimos pessoas que fizeram boletins de ocorrência dizendo que se deram conta que tinham uma empresa registrada em nome dela”, explicou Santiago em entrevista.
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O delegado também afirmou que essas organizações não realizam a lavagem de dinheiro somente para a Cracolândia, mas para vários setores do PCC. Além disso, uma dessas companhias possui relação com uma empresa de advocacia no Panamá com participação direta no Panamá Papers, a investigação realizada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas que revelou um grande escândalo financeiro internacional.
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