Governo Federal autoriza ampliação do uso de usinas termelétricas para enfrentar seca no Brasil

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou na última terça-feira (3) a ampliação da contratação de usinas termelétricas a gás natural para enfrentar a seca extrema que afeta o Brasil.

A medida visa garantir o abastecimento de energia durante o período de transição entre a estação seca e o início das chuvas, previsto para novembro, considerado crítico para o Sistema Integrado Nacional (SIN).

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Dois despachos foram aprovados pelo comitê. O primeiro autoriza a extensão do contrato de fornecimento de energia das usinas de Santa Cruz (RJ) e Linhares (ES) até novembro. Pertencentes a Furnas e Eneva, operam sob o regime de "fora do mérito da ordem", que permite a compra de energia mesmo a preços superiores à média nacional. 

Já o segundo despacho permite a contratação dessas duas usinas, além da usina de Porto Sergipe (SE), em um regime flexível, utilizado para atender à demanda de energia nos horários de pico.

Além disso, o CMSE autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a flexibilizar critérios de desempenho e segurança, se necessário, para garantir o suprimento de energia. Isso permite que o operador ajuste os limites de utilização da energia gerada, evitando desabastecimentos. O comitê também aprovou uma resolução para acelerar a entrada em operação de três novas linhas de transmissão: Porto do Sergipe – Olindina – Sapeaçu, Rio – Lagos e Leopoldina 2 – Lagos.

A decisão foi motivada pelo cenário hidrográfico desfavorável, com chuvas abaixo da média nas regiões Norte e Centro-Oeste, e temperaturas acima da média histórica em todo o país. Com isso, os reservatórios das hidrelétricas podem não atingir os níveis necessários para suprir a demanda crescente devido ao calor.

Em nota, o Governo Federal, destaca que o CMSE continua a monitorar as condições de abastecimento e reforça que as medidas necessárias para garantir o suprimento de energia estão sendo adotadas. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, se reuniu com diretores do ONS e defendeu o uso de termelétricas para suprir a demanda durante a seca.

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