O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu o habeas corpus à influenciadora Deolane Bezerra na manhã desta segunda-feira (9).
Ela deverá permanecer em prisão domiciliar, inclusive nos fins de semana e feriados e usar tornozeleira eletrônica, sem estar liberada para entrar em contato com os demais investigados ou se manifestar por meio de redes sociais, imprensa, ou outros meios de comunicação.
A decisão foi tomada pela 4ª Câmara Criminal, após uma indefinição sobre quem deveria julgar o habeas corpus. A mãe de Deolane, Solange Bezerra, no entanto, não foi beneficiada e segue na prisão.
Nas redes sociais, uma das irmãs da advogada Daniele Bezerra, que atua no caso junto com Dayanne Bezerra, criticou a decisão: "Minha mãe vai continuar lá, o que é um absurdo. A minha mãe está correndo o risco de morrer lá dentro. A gente já deu os laudos, a gente já avisou e eles mesmo assim estão fazendo isso, sem a minha mãe dever nada. É desumano".
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Deolane foi presa na última quarta-feira (4) em uma operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Na terceira fase da operação Integration, 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão foram expedidos em seis estados: Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e São Paulo.
Um carro de luxo da influenciadora foi o pivô para a prisão dela, segundo a Polícia Civil. A questão teria surgido por conta do pagamento à vista de um carro de luxo que comprou do dono da casa de apostas Esportes da Sorte.
Na ocasião, ela adquiriu uma Lamborghini Urus S, por R$ 3,85 milhões. Em depoimento após ser presa, a advogada confirmou a história. O dono da casa de apostas, Darwin Henrique da Silva Filho, e a esposa, Maria Eduarda Filizola, se entregaram à polícia nessa quinta-feira (5) e também foram presos.
As investigações começaram em abril de 2023, a partir da apreensão de R$ 180 mil em espécie em 1º de dezembro de 2022. A apreensão foi realizada na Banca Caminho da Sorte, que pertence a Darwin Henrique da Silva, pai do dono da Esportes da Sorte. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de R$ 3 bilhões foram movimentados por uma quadrilha que usava empresas de eventos e casas de câmbio para lavar dinheiro de jogos ilegais.
Além da prisão da advogada e da mãe, as duas tiveram, respectivamente, R$ 20 milhões e R$ 3 milhões bloqueados pela Justiça. A empresa de Deolane teve R$ 14 milhões congelados.
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