O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (13) vista, ou seja, mais tempo, para analisar os pedidos de liberdade do ex-jogador Robinho.
Robinho está preso há quase cinco meses no presídio Tremembé, no interior de São Paulo. O ex-jogador cumpre no Brasil a condenação de 9 anos de prisão que lhe foi imposta pela Justiça italiana pelo crime de estupro coletivo.
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O pedido de vista adia o julgamento por até 90 dias. O caso é analisado pelos ministros no plenário virtual da corte.
Relator dos dois pedidos, o ministro Luiz Fux votou pela manutenção da prisão de Robinho. Segundo Fux, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não violou "normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais, a caracterizar coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente, tampouco violação das regras de competência jurisdicional".
O ministro Luiz Edson Fachin acompanhou o voto do relator. Com isso, o placar está 2 a 0 pela manutenção da prisão de Robinho.
Entenda o caso
De acordo com a acusação, Robinho e mais cinco brasileiros, dentre eles o amigo do jogador Ricardo Falco, praticaram atos sexuais em grupo com uma mulher albanesa desacordada em uma boate italiana em 2013. Ele atuava pelo Milan na época.
O atacante declarou em seu depoimento, no ano de 2014, que se relacionou sexualmente com a mulher em questão, mas afirmou que o ato foi consensual e sem a participação de outras pessoas.
Uma das gravações interceptadas pelas autoridades italianas mostram o brasileiro Jairo Chagas, também envolvido no caso, dizendo para o atleta que viu ele “colocando o pênis dentro da boca” da jovem. Chagas mudou o depoimento para as autoridades e foi condenado por falso testemunho.
O ex-jogador passou a cumprir a pena no Brasil após o STJ homologar a decisão da justiça italiana.
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