Circulam nas redes sociais informações falsas de que a ingestão de vitamina C previne a infecção pelo novo coronavírus. A venda deste produto cresceu enormemente no primeiro trimestre do ano, assim como o preço.

Abertas desde o início da quarentena por serem um serviço essencial, as farmácias registraram, nesse período, um aumento na venda de vários medicamentos. Principalmente os que combatem os sintomas da Covid-19 e aqueles que, segundo a crença popular, aumentam a imunidade do organismo.

Segundo um levantamento feito a pedido do Conselho Federal de Farmácia, a venda de vitamina C teve um salto de 180% em relação ao mesmo período do ano passado. Nas farmácias de São Paulo foi ainda maior: 198%. O preço acompanhou o aumento da procura: em média, a vitamina C está 52% mais cara.

Além dos efeitos para o bolso, com gastos desnecessários, o Dr. Augusto Santomauro, endocrinologista, alerta: podem, sim, surgir efeitos não desejados para a saúde:

“A utilização de doses elevadas de vitamina C, pode ocasionar em distúrbios gastrointestinais como diarréia, cólicas e em alguns casos, dependendo dos antecedentes do paciente, pode até provocar a formação de cálculos de pedras nos rins.”, explicou o médico.

Além disso, segundo o médico, nossa necessidade de vitamina C pode ser encontrada na alimentação. Mais simples, mais barato e sem riscos.