Reino Unido anuncia novas restrições após fim do lockdown para tentar conter segunda onda de covid-19

Regiões serão divididas em três níveis, revisadas a cada duas semanas, com limitações à circulação de pessoas.



26/11/2020 19h16
PA Media
Primeiro-ministro Boris Johnson anunciou novas medidas para tentar conter aumento de casos

O Reino Unido sai na próxima semana de um novo lockdown, mas, diante do aumento de casos de covid-19 no país, não entra em um período de flexibilização das medidas de distanciamento social.

Nesta quinta-feira (26/11), o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, anunciou que algumas regiões ainda terão de seguir restrições mais rígidas à circulação de pessoas para tentar conter a segunda onda da pandemia e evitar uma sobrecarga no sistema de saúde.

O Reino Unido é o quinto país com maior número de mortes pela doença causada pelo novo coronavírus. São mais de 56 mil, total superado apenas pelas cifras de Estados Unidos, Brasil, Índia e México.

A curva de óbitos chegou a arrefecer no país, mas, passado um período de queda, eles voltaram a crescer em outubro, assim como o volume de casos. O novo lockdown nacional fora decretado em novembro.

O sistema que entra em vigor no próximo dia 2 de dezembro estabelece três níveis diferentes de restrições, que serão reavaliados para cada região a cada duas semanas.

Mais de um terço da população da Inglaterra se encontra em áreas que serão submetidas a medidas mais duras, que inclui a proibição de reuniões de pessoas além daquelas que dividem um mesmo domicílio.

No total, cerca de 23 cidadãos de pessoas em 21 áreas estarão sob as regras do nível três — incluindo Birmingham, Leeds e Sheffield.

Cidades como Londres e Liverpool se encaixarão no nível dois, enquanto Ilha de Wight, Cornualha e Ilhas de Scilly — onde não houve nenhum caso de covid-19 registrado na semana passada — serão as únicas áreas da Inglaterra no nível um.

O primeiro-ministro argumentou que as novas restrições são necessárias para manter a doença sob controle e alertou que suavizar as medidas pode criar um risco de "perda do controle" da covid-19.

"Isso pode enfraquecer nossos ganhos duramente conquistados e nos forçar a voltar a um lockdown nacional no Ano Novo", afirmou.

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