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Recém-nascido deitado em maca dormindo
Getty Images
Governo do Amazonas não informou o número de bebês que serão transferidos para outros Estados, mas informações divulgadas pela imprensa local falam em pelo menos 60 recém-nascidos

Bebês recém-nascidos de maneira prematura serão transferidos de Manaus para outros Estados do país. A capital do Amazonas vive uma crise de saúde depois que o oxigênio utilizado no tratamento de pacientes com covid-19 acabou nos hospitais do município.

Os cilindros com oxigênio são essenciais para manter e estabilizar os pacientes com covid-19 grave — além de pessoas com outras enfermidades. Sem esse insumo básico, muitos indivíduos hospitalizados vão acabar morrendo.

A Secretaria de Saúde do Amazonas confirmou a transferência dos bebês em nota enviada à BBC News Brasil.

"Assim como está ocorrendo com pacientes adultos com Covid-19, internados na rede estadual de saúde e que necessitam de suporte de oxigênio, a força-tarefa montada pelo Governo do Amazonas e Governo Federal também vai transferir, para hospitais de outros Estados, bebês recém nascidos internados nas maternidades públicas do Amazonas", diz.

A gestão do governador Wilson Lima (PSC) não informou o número de bebês que serão transferidos, mas informações divulgadas pela imprensa local falam em pelo menos 60 recém-nascidos.

Segundo o governo, as transferências serão realizadas com autorização dos pais. Os bebês vão ser acompanhados pelas mães, diz a pasta.

"Técnicos da secretaria estão trabalhando no planejamento da logística de transferência e o quantitativo está sendo avaliado de acordo com as condições clínicas dos recém-nascidos", afirmou o governo.

Homem de máscara carregando cilindro
REUTERS/Bruno Kelly
Oxigênio utilizado no tratamento de pacientes com covid-19 e com outras doenças acabou nos hospitais de Manaus

O governo do Maranhão informou que receberá nove bebês nas próximas horas. Eles serão internados na rede de saúde da cidade de Imperatriz.

"Estamos falando de bebês prematuros. São muito frágeis, muito instáveis. É uma ação preventiva. Diferente de pacientes adultos, eles morrem mais rapidamente se faltar o mínimo de oxigênio. E existe o risco de faltar", declarou Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), ao jornal Folha de S.Paulo.

Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que também ofereceu leitos para receber os recém-nascidos. Ele criticou a atuação do governo de Jair Bolsonaro na condução da crise de saúde em Manaus.

"Nós acolheremos todos os bebês que puderem ser transportados a São Paulo. Isso é o fim do mundo. Para quem é pais, para quem é mãe, não ter oxigênio para seu bebê. Isso é uma irresponsabilidade do governo Bolsonaro", disse Doria.

O governo do Amazonas não informou quando as transferências dos bebês vão ocorrer nem como elas serão feitas. Também não se sabe para quais Estados os recém-nascidos serão enviados nem como ficará a situação das famílias.

A BBC News Brasil conversou com uma profissional de saúde que atua em uma maternidade amazonense, onde dois bebês estão internados. Eles não estão infectados com covid-19. As transferências devem ocorrer de maneira preventiva, levando em conta a fragilidade dos recém-nascidos e precariedade do sistema de saúde do Estado nos últimos dias.


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