Guerra na Ucrânia: Forças ucranianas dizem ter retomado controle de arredores de Kiev

"Toda a região de Kiev foi libertada dos invasores", disse a ministra interina da defesa do país, Hanna Malyar.



02/04/2022 16h55
Getty Images
Um soldado com uma metralhadora em região destruída por russos próximo à Kiev

Atenção: este reportagem tem conteúdo que pode ser considerado perturbador.

As forças ucranianas retomaram o controle dos arredores de Kiev, a capital da Ucrânia, segundo a ministra interina da defesa do país, Hanna Malyar.

A Rússia nunca chegou a tomar a capital, mas haviam dominado cidades nos arredores. Com a saída do exército russo das principais cidades, a Ucrânia conseguiu retomar o controle, segundo Malyar.

"Toda a região de Kiev foi libertada dos invasores", disse ela neste sábado. A BBC não foi capaz de confirmar a informação de forma independente, mas verificou que as tropas russas saíram de diversas cidades na região.

Os russos abandonaram o aeroporto de Hostomel, próximo à capital, deixando para trás os destroços de enormes aviões. Mas, conforme o exército russo se retira, aumentam as evidências de mortes de civis. A BBC confirmou a morte de pelo menos dois civis em uma estrada que leva à Kiev.

Jornalistas na cidade de Bucha, bem próxima à capital, encontraram pelo menos 20 corpos de civis nas ruas.

No sul do país, russos dispersaram com violência um protesto pró-Ucrânia que acontecia em uma cidade ocupada.

Um vídeo na cidade de Enerdogar, onde fica a maior usina nuclear da Europa, mostra pessoas fugindo de explosões em uma praça.

AFP
Jornalistas encontraram corpos nas ruas após saída de russos

Passo maior que as pernas

Putin prometeu diminuir drasticamente os ataques e Kiev Chernigov, no norte da Ucrânia.

A medida incialmente foi vista com ceticismo pelos ucranianos e pelos EUA.

Mas os contra-ataques ucranianos fizeram as tropas russas retrocederem e, de acordo com o Ministério da Defesa britânico, a Rússia estava tendo problemas para sustentar suas operações em várias áreas.

"Quando a Rússia diz que vai se retirar de Kiev, não é por um grande gesto de boa vontade, mas porque deu um passo maior que as pernas", escreveu Frank Gardner, da BBC.

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