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A DC Comics comemora agora em junho o aniversário de 80 anos de um dos seus heróis mais carismáticos: Oliver Jonas Queen, o Arqueiro Verde!

Em homenagem a este simpático ranzinza, separamos aqui as 11 melhores histórias de sua vasta cronologia – seriam só dez, mas não consegui cortar nenhuma. Parabéns, Ollie!

ANOS 40

1941 - “Case of the Namesake Murders”, de Mort Weisinger e George Papp

A origem de tudo! A primeira aventura do “Robin Hood” urbano Arqueiro Verde, já completamente inserido no gênero de super-heróis, com direito a identidade secreta, parceiro-mirim (Speedy) e até seu próprio avião estilizado (Arrowplane, ou Avião-Flecha).

Esta história foi publicada três anos após Errol Flynn estrelar, nos cinemas, o sucesso “Robin Hood”, em que um arqueiro vestido de verde vive aventuras acompanhado por um herói mais jovem vestido de vermelho (Will Scarlet) – as cores, respectivamente, do Arqueiro Verde e Speedy.

Até onde eu sei, “O Caso do Assassinato dos Homônimos” é inédito no Brasil. Se eu estiver errado, por favor, me avise!

ANOS 50

1958 – “The Green Arrows of the World”, de Bill Finger e Jack Kirby

A inocência da chamada Era de Prata dos Super-Heróis aparece em histórias como essa. Arqueiro Verde e Speedy recebem, em sua cidade natal, dez aventureiros de outros países que assumiram identidades de super-heróis inspirados pelo Arqueiro Verde.

É um festival de clichês: o mexicano usa um sombreiro enorme, o africano tem um uniforme que lembra o Tarzan etc. A história saiu sem destaque (apenas seis páginas, sem menção na capa da revista), mas foi um sucesso. Muitos dos “Arqueiros Verdes do Mundo” sequer foram batizados, mas os fãs, nas décadas seguintes, se encarregaram de dar os nomes: o mexicano virou Verde Flecha; o da Suíça, Arqueiro dos Alpes; Arqueiro Esmeralda é o da Índia etc.

No Brasil, “Os Arqueiros Verdes do Mundo” saiu pela primeira vez em “Almanaque do Batman 1965” e não é republicado há décadas.

1958 – “Prisoners of Dimension Zero!”, de Ed Herron e Jack Kirby

Outra pérola recheada de inocência e criatividade escondida nas páginas internas. Arqueiro Verde e Speedy conhecem um gigante alienígena de outra dimensão que se veste e atua exatamente como Oliver Queen: o Arqueiro Xeen!

No Brasil, “Prisioneiros da Dimensão Zero” saiu no número 23 da primeira série “Batman Bi”, da editora Ebal, em 1968.

ANOS 60

1961 – “Doom of the Star Diamond!", de Gardner Fox e Mike Sekowsky

A aventura que narra como o Arqueiro entrou na Liga da Justiça! A icônica capa foi homenageada diversas vezes nos anos seguintes e traz os heróis superpoderosos da Liga presos em um diamante gigante (!?). Quem poderá os salvar? O homem sem poderes, mas com um arco e muitas flechas!

A destruição do Diamante Estrela” foi publicada pela primeira vez no Brasil em 1969, no 18º número de “Os Justiceiros” (como a Liga da Justiça era conhecida por aqui nos anos 60).

ANOS 70

1971 – “Snowbirds Don't Fly”, de Dennis O'Neil e Neal Adams

Toda a fase de O’Neil e Adams com Oliver Queen é fantástica. Arqueiro e Speedy se juntaram à sua namorada de Oliver, Dinah Lance (a Canário Negro), e ao seu melhor amigo, Hal Jordan (Lanterna Verde), para uma série de aventuras que, embora ambientadas no fantasioso mundo dos super-heróis, tinha os pés no chão. Foi a primeira vez em que os comics americanos abordaram com mais profundidades temas como racismo e o uso de drogas.

Embora a fase inteira seja fantástica, escolhi a história mais significativa: o Arqueiro Verde descobre que Speedy, seu parceiro-mirim, quase um filho, está consumindo drogas.

Uma boa parte desta fase, inclusive esta história que citei (batizada aqui como “Nas veias”), está disponível nos três primeiros volumes de “Lendas do Universo DC – Lanterna Verde Arqueiro Verde”.

ANOS 80

1987 – “The Longbow Hunters”, de Mike Grell

Esta minissérie em três partes é uma herdeira da fase pé no chão inaugurada por O’Neil e Adams. Saem de cena personagens mais fantasiosos, como alienígenas e vilões com uniformes chamativos, e entram elementos de histórias policiais e de suspenses, como assassinos contratados, políticos, gangues de rua e o submundo criminoso das cidades grandes.

No Brasil, foi publicada como “Os Caçadores”.

ANOS 90

1994 – “Cross Roads, Part Ten: He Who Hesitates...”, de Kevin Dooley e Eduardo Barreto

O Arqueiro Verde não viveu uma fase feliz nos anos 90. Arcos, histórias e personagens fracos, seguidos por uma decisão editorial péssima: Oliver Queen morre em uma história boba.

Esta história aqui destacada é uma exceção. Divertida, aborda o tema dos universos paralelos, tão caro ao gênero dos super-heróis, e o aborda com características típicas das histórias em quadrinhos.

No Brasil, “Aquele que hesita...” foi publicada no nº 18 da quarta série do Batman da editora Abril.

ANOS 2000

2001 – “Quiver”, de Kevin Smith e Phil Hester

Lembra que eu disse que Oliver Queen morreu na história anterior? E que foi uma decisão péssima? Sim, foi revertida nesta divertida minissérie, escrita pelo cineasta Kevin Smith.

Durante o tempo em que Oliver Queen esteve morto, o manto do Arqueiro Verde ficou com seu filho, Connor Hawke. Kevin Smith dá um jeito de costurar a ressurreição de Oliver Queen de uma maneira aceitável dentro do Universo DC e de uma maneira a não desperdiçar seu herdeiro Connor Hawke.

No Brasil, os dez capítulos de “Arqueiro Verde – O Espírito da Flecha” estão compilados em dois volumes.

2002 – “The Archer's Quest”, de Brad Meltzer e Phil Hester

A divertida fase de Kevin Smith com Oliver Queen foi seguida por uma história brilhante – a minha favorita do personagem. O escritor Meltzer coloca drama e aventura na vida de um homem que morreu e ressuscitou, um super-herói que tem seu lado humano explicitado com delicadeza e inteligência.

No Brasil, esta saga está compilada em “DC Especial 1 – Arqueiro Verde – A Busca”.

2007 – “Green Arrow and Black Canary Wedding Special”, de Judd Winnick e Amanda Connor

Oliver Queen, o Arqueiro Verde, e Dinah Laurel Lance, a Canário Negro, finalmente se casando! Em uma história divertida, com nada menos do que OITENTA personagens da DC (sim, eu contei), há humor, romance e, claro, muita aventura.

No Brasil, saiu como “Arqueiro Verde Canário Negro – Álbum de Casamento”.

ANOS 2010

2019 – “Space Junkies”, de Grant Morrison e Liam Sharpe

Lembra a história “Prisioneiros da Dimensão Zero”, citada acima? Mais de 50 anos depois, ela é homenageada de maneira divertida e reverente por Morrison e Sharpe, que olham o passado para escrever o futuro. Vida longa ao Arqueiro Verde!

No Brasil, “Viciados Espaciais” saiu no quarto número da segunda série de “Lanterna Verde”, da Panini.