Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

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Com a pandemia, seres humanos estão passando mais tempo na frente de telas e dependendo cada vez mais delas para preencher o tédio.

O celular é a tela principal desta vida híbrida, e serve como um centro de comunicação e entretenimento, ultrapassando a TV na escolha diária por atenção.

Diferente da TV tradicional, onde o emissor produz ou adquire os produtos que serão exibidos na tela, no mundo digital, são milhões de produtores individuais que alimentam o grande irmão distribuidor de conteúdo, que fica responsável por viralizar (ou não) suas produções e transformar audiência em dinheiro.

Criador de conteúdo não é mais só uma forma de descrever o que uma pessoa faz, é agora uma profissão de tempo integral.

E as plataformas querem financiar este novo mercado.

O YouTube, que é a maior plataforma de vídeos do mundo e uma espécie de "TV aberta" da Internet, começou a oferecer uma ferramenta que permite que fãs paguem diretamente aos criadores por vídeos feitos sob demanda, uma espécie de "crowdfunding" de produções audiovisuais.

Diferente dos recursos de outros recursos da plataforma, o “Super Obrigado” será disponibilizado em 68 países.

Os seguidores podem doar de US$ 2 à US$ 50 e pode ser um incentivo grande para a criação de novos conteúdos originais na plataforma.

Apesar da supremacia do YouTube nos vídeos médios e longos, plataformas de lives e vídeos curtos, como TikTok e Kwai crescem rápido e assumem a liderança em alguns perfis de público.

Lido inicialmente como uma plataforma para um público mais jovem, o TikTok tem atraído a atenção também do público adulto e até de vovôs e vovós, que se tornam verdadeiras celebridades no universo dos criadores de conteúdo.

Para transformar a audiência em dinheiro, o TikTok lançou recentemente duas importantes novas funcionalidades.

Uma delas é o "Live Events", uma ferramenta que ajuda os criadores (incluindo músicos) no agendamento, promoção e divulgação de transmissões ao vivo com doações espontâneas do público.

O TikTok quer também ser mais interativo, e recursos como "Go Live Together", que permite dividir a tela para transmissões ao vivo, estão disponíveis agora em sua plataforma, assim como uma ferramenta de Q&A (perguntas e respostas), que permite transformar uma transmissão ao vivo numa entrevista coletiva, por exemplo.

Competindo diretamente com o TikTok, o Kwai, outra plataforma de origem asiática, superou o número de downloads do concorrente no último trimestre no Brasil e vem crescendo rapidamente com uma agressiva política de recompensas por publicação de conteúdo, audiência e aquisição de novos membros.

Mais agressivo que os concorrentes, o Kwai promete remunerar seus usuários por assistir vídeos, convidar amigos e realizar ações recorrentes no aplicativo, fazendo com que novas pessoas tenham o primeiro contato com sua plataforma.

A guerra está declarada no mundo das plataformas de vídeo.

Quem será o próximo campeão de audiência?

João Ramirez é estrategista digital e especialista em livestreaming. Fez a 1ª transmissão ao vivo da história da Internet brasileira, em 1996, e está no Guinness Book of Records. Dirigiu milhares de programas ao vivo nos últimos 20 anos. Participou de projetos ativistas e de engajamento de pessoas pelas redes sociais. É um estudioso e entusiasta do futuro da Mídia.