A medida, acertada em reunião entre representantes de governo federal e estaduais, proíbe os não vacinados maiores de 12 anos de saírem de casa, exceto para casos de necessidade, como trabalhar, ir ao médico, fazer compras de itens de primeiras necessidades ou para serem vacinados. Violações à regra serão passíveis de punição de até 1.450 euros (R$ 9 mil).
O ministro austríaco da Saúde, Wolfgang Mueckstein, disse que o objetivo é encorajar a vacinação e reduzir os contatos sociais em cerca de 30%.
Já existem grandes restrições para os não vacinados no país, onde eles precisam mostrar um teste de coronavírus negativo para ir ao trabalho e não podem participar em muitos aspectos da vida pública.
Nas últimas semanas, a Áustria tem registrado uma "tendência preocupante" de aumento de infeções pelo coronavírus. Mais de 13 mil novas infecções foram registradas no sábado. A incidência de sete dias de novos casos por 100 mil habitantes subiu para 814,6.
"Dever de proteger o povo"
"É nosso dever como governo proteger o povo. Por isso, decidimos que a partir de segunda-feira haverá confinamento para os não vacinados", explicou o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, em entrevista coletiva.
A medida vai afetar cerca de dois milhões de pessoas no país, que tem cerca de 8,9 milhões de habitantes, e vai vigorar por pelo menos 10 dias, até 24 de novembro, tendo sido pedido à polícia que realize controles nas ruas, para fiscalizar quem sai de casa.
Na verdade, o confinamento de não vacinados só deveria ocorrer quando a ocupação de leitos de terapia intensiva chegasse a 600. Existem atualmente 433 leitos de UTI ocupados. Mas por causa da nova alta de infecções, o governo decidiu antecipar a decisão. Para evitar estresse excessivo nas clínicas, os especialistas estão pedindo um lockdown generalizado.
A Alemanha declarou a Áustria novamente uma área de alto risco. Qualquer pessoa que não tenha sido vacinada ou se recuperado deve ficar em quarentena por pelo menos cinco dias quando do país retornar à Alemanha.
A Áustria tem cerca de 65% da população totalmente imunizada, uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa Ocidental.
md (AP, DPA, Lusa)
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