No sábado, em Haia, policiais da tropa de choque avançaram contra grupos de manifestantes que atiravam pedras e outros objetos nos agentes de segurança. Pelo menos cinco policiais ficaram feridos.
Um dia antes, a violência na cidade portuária de Roterdã teve um balanço de 51 detidos e três pessoas baleadas. O prefeito de Roterdã, Ahmed Aboutaleb, descreveu os distúrbios como uma "orgia de violência".
Também houve atos violentos em Urk, uma pequena cidade protestante localizada no centro do país, e em várias cidades da província de Limburg, ao sul.
Na semana passada, a Holanda voltou a impor parcialmente medidas de lockdown para retardar o ressurgimento do vírus, num momento em que os números diários de infecção atingem os níveis mais altos desde o início da pandemia. As medidas incluem o fechamento mais cedo de bares, restaurantes e lojas.
Protestos na Bélgica
Milhares de pessoas também tomaram as ruas de Bruxelas, na Bélgica, contra as restrições impostas pelo Governo belga para controlar a pandemia, especialmente a adoção do passe sanitário. Vários manifestantes antivacinas também se juntaram ao movimento. A polícia estimou que 35 mil pessoas participaram.
A Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e decidiu que o teletrabalho é obrigatório, na tentativa de controlar uma nova onda de casos de covid-19 no país.
"Os sinais de alarme estão agora no vermelho", disse recentemente o primeiro-ministro Alexander De Croo.
As restrições impostas por vários governos europeus para conter a nova onda de covid-19 tem levado, nos últimos dias, milhares de pessoas a protestarem nas ruas não apenas na Bélgica e Holanda, mas também da Áustria, Irlanda do Norte, Itália, Suíça e Croácia.
Na áustria, Cerca de 35 mil manifestantes foram às ruas da Áustria no sábado protestar contra a adoção de um lockdown em todo o país para frear o número de infecções por covid-19. A nação europeia tem hoje a terceira maior taxa de incidência de novos casos do mundo.
A Áustria já havia imposto um lockdown exclusivo para os não vacinados no início da semana passada, mas o aumento do número de infecções colocou pressão sob o governo para que agisse rápido para conter a disseminação do vírus.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já manifestou grande preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa e advertiu que cerca de 500 mil pessoas podem morrer até março de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes.
jps (AFP, Lusa, DW, ots)
REDES SOCIAIS