Presidente russo, Vladimir Putin, anuncia uma "operação militar especial" contra a Ucrânia
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00:00 – O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma operação militar contra a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24/02), com o objetivo de "desmilitarizar" o país e eliminar o que chamou de ameaças contra a Rússia.
O líder russo instou os militares ucranianos a deporem suar armas e abandonarem seus postos. "Todos os soldados ucranianos que cumprirem essa exigência estarão aptos a deixar livremente as zonas de combate e retornarem a suas famílias", disse Putin, num repentino pronunciamento televisado.
Horas antes, o Kremlin anunciou que líderes das regiões separatistas no leste da Ucrânia haviam pedido assistência militar de Moscou, para se defenderem de supostas agressões por parte da Ucrânia.
Em seu pronunciamento, Putin afirmou que Moscou não teve outra alternativa a não ser lançar a operação, embora o motivo não tenha sido inicialmente esclarecido. O objetivo das operações, segundo Putin é "proteger a população que vinha sendo sujeita a abusos e genocídio [...] pelos últimos oito anos. E, por isso, avançaremos com a desmilitarização e 'desnazificação' da Ucrânia".
A Ucrânia rejeita as acusações de genocídio contra a população das regiões ocupadas desde 2014 pelos grupos separatistas pró-Moscou, dizendo se tratar de um pretexto para justificar uma invasão. O anúncio de Putin se seguiu a um apelo dos separatistas no leste da Ucrânia contra o que chamaram de agressão crescente por Kiev, algo que o governo de ucraniano nega.
Explosões foram ouvidas por repórteres de agências alguns minutos depois do fim do pronunciamento de Putin. O mandatário russo disse que responderia imediatamente se alguma força externa tentasse interferir com suas ações. "Ninguém deveria ter nenhuma dúvida de que um ataque direto ao nosso país levará à derrota e a consequências terríveis para qualquer agressor potencial", afirmou.
Os Estados Unidos e seus aliados estimam que a Rússia já havia acumulado em torno de 150 mil soldados na fronteira com a Ucrânia. Horas antes do ataque, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que esse total seria de 200 membros das forças armadas russas.
rc/rk (Reuters, AFP)
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