Kiev: disposto a negociar, mas contra "condições inaceitáveis"
Hungria anuncia apoio a sanções contra Moscou
Ministério da Saúde ucraniano revela número de vítimas
Ucranianos deixam o país em massa
Ministério russo da Defesa: mais de 800 alvos ucranianos destruídos
Ucrânia receberá mais armas de países europeus
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13:50 – Romênia fecha o espaço aéreo para aeronaves russas
O governo da Romênia ordenou o fechamento do seu espaço aéreo a todas as aeronaves russas, juntando-se assim a Reino Unido, Polônia, República Tcheca e Bulgária.
"A partir das 15h [10h de Brasília], o espaço aéreo da Romênia foi fechado para todos os voos regulares, aterrissando ou não nos aeroportos do país, de aeronaves de operadores registrados na Federação Russa", anunciou a Autoridade Aeronáutica Civil Romena em um comunicado.
A proibição não se aplica "a voos humanitários e de emergência", acrescenta o texto oficial. Membro da Otan desde 2004, a Romênia compartilha mais de 600 quilômetros de fronteira fluvial, marítima e terrestre com a Ucrânia.
13:24 – Alemanha muda postura e autoriza envio de armas a Ucrânia
Em uma mudança repentina de postura, a Alemanha autorizou o envio de 400 lançadores de granadas à Ucrânia via países terceiros, segundo informações da rede de televisão pública alemã ARD.
Até agora, a Alemanha vinha se mantendo irredutível em não permitir que armas letais de fabricação alemã fossem enviadas à Ucrânia, uma política de longa data aplicada também a outros países. No entanto, em meio a críticas de várias nações, inclusive da própria Ucrânia, e à pressão de aliados da União Europeia e da Otan, mudou a postura.
Países do bloco europeu já haviam externado a intenção de enviar armas à Ucrânia, mas não podiam fazê-lo sem a autorização da Alemanha.
A autorização deste sábado pode significar um rápido aumento na assistência militar europeia para a Ucrânia, já que grande parte das armas e munições do continente são fabricadas na Alemanha, dando a Berlim o controle legal sobre sua transferência.
Isso, porém, não significa necessariamente que todos os pedidos de envio de armas passarão a ser aprovados por Berlim.
12:55 – Alemanha recebe primeiros refugiados ucranianos
Os primeiros refugiados da guerra da Rússia contra a Ucrânia chegaram à Alemanha, de início em números modestos. Na fronteira polonesa, próximo a Görlitz, menos de uma dezena se apresentou, segundo porta-voz da Polícia Federal em Pirna, Saxônia.
No estado de Brandemburgo, em que Berlim está inserido, até a tarde deste sábado (hora local), o centro de acolhimento inicial de Eisenhüttenstadt recebeu seis refugiados. A cidade de Hamburgo já registrou quatro chegadas do país em guerra.
Na sexta-feira, o chanceler federal, Olaf Scholz, e os governadores estaduais da Alemanha discutiram a possível admissão de refugiados. Apenas Brandemburgo está se preparando para pelo menos 10 mil ucranianos; a Turíngia pode acolher cerca de 3 mil, enquanto a Baixa Saxônia trabalha para ampliar suas capacidades.
11:40 – Kremlin responsabiliza Ucrânia por continuação de ofensivas
Segundo o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria ordenado na sexta-feira a suspensão da ofensiva militar na Ucrânia, aguardando resposta sobre um processo de negociação para acabar com a guerra.
Apesar disso, os confrontos contra grupos de "nacionalistas" pró-russos teriam continuado em várias partes da Ucrânia. Na ausência de uma resposta de Kiev, Putin teria então determinado a continuação da operação bélica, afirmou o representante do Kremlin.
A versão ucraniana difere da divulgada pelo Kremlin: neste sábado, Kiev negou ter se recusado a negociar um cessar-fogo com Moscou, mas ressalvou que não se dispõe a aceitar ultimatos nem condições inaceitáveis.
À agência de notícias Reuters, o consultor do gabinete presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak assegurou que Kiev estava aberto para negociações, porém foi confrontado pelo Kremlin com condições impraticáveis.
"Foi ontem que as ações agressivas das forças armadas da Federação Russa escalaram, culminando em ataques em massa, aéreos e por mísseis, contra cidades ucranianas, durante a noite e a madrugada. Consideramos tais ações simplesmente uma tentativa de dobrar a Ucrânia e forçá-la a aceitar condições categoricamente inaceitáveis."
O porta-voz do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, Sergii Nykyforov, argumentou, em sua conta no Facebook que "quanto mais cedo as negociações começarem, melhores serão as chances de um retorno à normalidade".
10:30 – Premiê Orbán apoiará sanções da UE contra Rússia
Budapeste apoiará todas as medidas punitivas da União Europeia contra a Rússia, declarou o primeiro-ministro Viktor Orbán na fronteira húngaro-ucraniana, neste sábado,. "A Hungria deixou claro que respaldamos todas as sanções, portanto não bloquearemos nada. Então, o que os chefes de governo da UE conseguirem acordar, nós apoiaremos", declarou à imprensa, segundo a agência de notícias Reuters.
"Esta é a hora de estar unidos, é uma guerra", afirmou Orbán, completando que os esforços de paz são a coisa mais importante. Essa tomada de posição representa um golpe para a campanha bélica do presidente russo, Vladimir Putin, contra a vizinha Ucrânia, já que o populista de direita húngaro conta, até então, entre os aliados mais fiéis de Moscou na UE.
09:40 – Baixas russas possivelmente maiores do que admite Kremlin, relata Reino Unido
As forças russas prosseguem seu avanço sobre Kiev, estando a cerca de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana. Através da sua conta no Twitter, informou o Ministério da Defesa do Reino Unido neste sábado, no Twitter. Por outro lado, a Rússia ainda não tem o controle do espaço aéreo sobre a Ucrânia, o "que reduz grandemente a eficácia da força aérea russa".
"As Forças Armadas da Ucrânia continuam a oferecer uma resistência firme em todo o país", prossegue a pasta da Defesa britânica, com base em informações de seus serviços secretos, acrescentando ser "possível que as baixas do lado russo sejam mais numerosas do que o antecipado e reconhecido pelo Kremlin".
08:45 – Rússia destrói mais de 800 alvos militares ucranianos
O porta-voz do Ministério da Defesa russo informou que 821 instalações militares da Ucrânia foram atacadas com mísseis de cruzeiro russos, nas primeiras horas deste sábado:"Durante a noite, as Forças Armadas russas usaram armas de alta precisão contra a infraestrutura militar da Ucrânia, que destruíram com mísseis de cruzeiro terrestres e navais", disse Igor Konashenkov.
Além disso, teriam sido destruídos sete aviões, sete helicópteros, nove drones e oito barcos de combate ucranianos, assim como 87 tanques e veículos blindados, 28 lançadores múltiplos e 118 veículos e equipamentos militares. O ministério acrescentou as forças russas tomaram a cidade de Melitopol, no sul da Ucrânia, onde estariam tomando "todas as medidas para garantir a segurança da população civil e evitar provocações dos serviços secretos ucranianos e de nacionalistas".
Por seu lado, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que nas últimas horas aumentaram as perdas de tropas inimigas, com o abate de 14 aviões e de oito helicópteros, e a destruição de 102 tanques e 536 veículos blindados. A entidade militar da Ucrânia registra ainda a morte de mais de 3 mil soldados russos nos combates, noticiou a agência EFE.
08:00 – Ucrânia contará também com armas tchecas
A República Tcheca enviará para a Ucrânia metralhadoras, espingardas automáticas e de precisão, pistolas e munições no valor de 7,6 milhões de euros. "O governo aprovou hoje ajuda adicional à Ucrânia que enfrenta um ataque russo", anunciou a ministra da Defesa Jana Cernochova no Twitter, no terceiro dia da invasão russa da Ucrânia.
"O Ministério da Defesa se encarregará também do transporte para um local determinado na Ucrânia. A nossa ajuda não está terminada", acrescentou. Em janeiro, o executivo de Praga já aprovara uma doação a Kiev de 4 mil ogivas de artilharia no valor de 1,5 milhão de euros.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou neste sábado que os parceiros ocidentais do seu país entregariam armas e equipamento, sem especificar a origem do material. A França e a Holanda também já se comprometeram a colaborar com Kiev nesse sentido.
06:50 – Quase 200 mortos e mais de mil feridos no conflito
O número de mortos desde que começou a invasão russa da Ucrânia chega a 198, incluindo três crianças, além de 1.115 feridos, sendo 33 crianças, comunicou o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, neste sábado, em mensagem no Facebook.
O presidente russo, Vladimir Putin, alega que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o país vizinho, sendo a única maneira de a Rússia se defender. Segundo o Kremlin, a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
06:30 – Milhares de ucranianos buscam refúgio em país vizinho
Cerca de 20 mil habitantes da Ucrânia já se refugiaram na Romênia, desde que o exército russo lançou uma ofensiva militar contra o regime de Kiev, informaram autoridades romenas neste sábado.
De acordo com informações da agência EFE, a passagem de fronteira mais movimentada é a que liga o oblast (província) ucraniano de Chernivtsi, no sudoeste do país, com a província romena de Suceava.
Segundo assistentes sociais da cidade fronteiriça de Siret, no lado romeno, há uma fila de até 35 quilômetros do outro lado da fronteira. A forças policiais ucranianas estão deixando passar os carros e ônibus espaçadamente, num máximo de cinco a dez pessoas a cada meia hora.
04:40 – Zelenski anuncia mais armas do Ocidente para a Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou neste sábado que "parceiros" enviariam mais armas para ajudar Kiev a combater os militares russos, e que havia conversado ao telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron.
"Um novo dia na frente diplomática começou com uma conversa com Emmanuel Macron", escreveu Zelenski no Twitter. "Armas e equipamentos dos nossos parceiros estão a caminho da Ucrânia. A coalizão antiguerra está funcionando!".
Macron, por sua vez, afirmou a jornalistas na França que o mundo precisa se preparar para uma longa guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
04:20 – Assessor de Zelenski ressalta resistência ucraniana
Mykhailo Podolyak, assessor do presidente Volodimir Zelenski, afirmou neste sábado que há muitos confrontos em Kiev e no sul do país, mas que os militares ucranianos estariam tendo sucesso em repelir os ataques russos.
Podolyak disse que pequenos grupos de forças russas se infiltraram em Kiev e entraram em confronto com militares ucranianos. Ele afirmou que Moscou deseja assumir o controle da capital e destruir a atual liderança do país, mas que os militares russos não obtiveram ganhos.
Segundo Podolyak, as forças russas estão priorizando o sul do país, onde há intensos combates nos portos de Mykolaiv, Odessa e Mariupol, mas não conseguiram obter vitórias significativas. "A Ucrânia não somente resistiu. A Ucrânia está vencendo", afirmou.
Já o Ministério da Defesa russo afirmou na manhã de sábado que seus militares haviam assumido o controle da cidade de Melitopol, que tem cerca de 150 mil habitantes e também fica no sul da Ucrânia. Se confirmado, seria a primeira cidade relevante a cair sob o domínio de Moscou desde o início da invasão, há três dias.
04:10 – Russos teriam assumido controle de usina hidrelétrica próxima a Kiev
A agência de notícias ucraniana Interfax informou no sábado, citando o ministro da Energia da Ucrânia, que militares russos haviam tomado o controle de uma usina hidrelétrica que fica ao norte de Kiev.
Mais tarde, o jornal Kyiv Independent informou que militares ucranianos haviam recuperado o controle da hidrelétrica após uma batalha intensa.
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