Segundo o primeiro-ministro Johnson, o Reino Unido se dispõe a fornecer "tudo o que tenha caráter defensivo", citando mísseis antiaéreos Starstreak, 800 mísseis antitanques e munição de precisão capaz de permanecer no ar até ser direcionada contra seu alvo.
Scholz prometeu o fornecimento "continuado" de armas com o fim de reforçar a luta de defesa contra a invasão russa. Por outro lado, reagiu com reticência ao pedido de Kiev por tanques blindados Marder dos arsenais alemães.
"Nós nos esforçamos para fornecer armamentos que sejam úteis e possam ser bem empregados. E os êxitos alcançados pelo exército ucraniano mostram que as armas fornecidas são especialmente eficazes", observou. Assim como Johnson, porém, ele parte do princípio que "só com base em grande expertise" se pode determinar que equipamento seja mais adequado.
Sanções "altamente eficazes"
Referindo-se ao recente ataque com mísseis à estação ferroviária de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, o chanceler federal alemão disse que a matança de civis é um crime de guerra, cuja "responsabilidade cabe ao presidente russo".
Ele renovou o apelo à Rússia por corredores humanitários para evacuação das zonas de conflito no país sob invasão, e instou Vladimir Putin a decretar um cessar-fogo: "A guerra tem que parar, e já."
Scholz disse considerar "altamente eficazes" as sanções ocidentais contra a Rússia, em reação a sua guerra ofensiva contra a Ucrânia: com o congelamento de bens e capital, atinge-se também a "panela do poder" em Moscou, assegurou.
O chefe de governo comentou que, com a ofensiva militar contra a Ucrânia, Putin teria feito um péssimo cálculo, e o acusou de colocar em jogo o futuro da Rússia, para quem as sanções ocidentais terão "custos dramáticos". Ainda em 2022 a Alemanha substituirá as importações de petróleo russo, reforçou.
Em relação às controversas importações de gás da Rússia, Scholz defendeu a posição alemã de não suspender imediatamente o abastecimento. Trata-se de uma dependência que se está trabalhando duro para cortar. Mesmo após um fim da guerra, a Alemanha pretende se libertar das importações russas, complementou o político social-democrata.
Trata-se de sua primeira passagem pelo Reino Unido, quatro meses após ter assumido a chefia de governo alemã. Em face à guerra iniciada por Moscou em 24 de fevereiro, temas como o processo pós-Brexit e o protocolo da Irlanda do Norte ficaram relegados a segundo plano no encontro com Johnson. Esta foi a sexta visita oficial de Olaf Scholz a um país fora da União Europeia: antes, ele esteve nos Estados Unidos, Ucrânia, Rússia, Israel e Turquia.
av (Reuters,AFP,DPA)
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