Pesquisas mostram que Jansa, criticado por Bruxelas por sua medidas avaliadas como prejudiciais ao Estado de direito, provavelmente enfrentará uma dura luta para permanecer no poder, com o GS obtendo 27% em pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta sexta-feira, frente aos 24% para o nacionalista Partido Democrata Esloveno do premiê.
Cerca de 1,7 milhão de pessoas da população de 2,1 milhões da Eslovênia estão aptas para votar nas eleições para o Parlamento de 90 membros. Analistas dizem que nenhum dos partidos deve receber votos suficientes para governar sozinho, tornando altamente provável um governo de coalizão. Em 2004, o país tornou-se o primeiro Estado da extinta Iugoslávia a aderir à União Europeia.
Muitos partidos, dois favoritos
Embora uma série de partidos esteja participando das eleições, pesquisas mostram que a disputa deve focar em uma corrida acirrada entre os partidos de Jansa e Golob. Jansa, de 63 anos, é aliado do primeiro-ministro nacionalista húngaro Viktor Orbán e fã do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Ele já foi primeiro-ministro entre 2004 e 2008 e entre 2012 e 2013. Um escândalo de corrupção o forçou a deixar o cargo apenas um ano depois do início de seu segundo mandato. Ele assumiu o poder para um terceiro mandato em 2020, depois da renúncia do primeiro-ministro liberal Marjan Sarec, diante das dificuldades de avançar projetos com um governo de minoria.
Acusação de autoritarismo
Jansa enfrentou protestos desde que assumiu o cargo, com dezenas de milhares acusando-o de autoritarismo. Ele também entrou em conflito com Bruxelas por causa de suas medidas para suspender o financiamento da agência nacional de notícias por mais de um ano e de atrasos na nomeação de promotores para o novo órgão anticorrupção do bloco.
No entanto, ele recentemente se distanciou de Orbán, que também está em desacordo com a UE por preocupações com o Estado de direito, adotando uma postura dura em relação à Rússia por sua invasão da Ucrânia.
Golob, 55 anos, é um político iniciante, que já foi chefe de uma grande empresa de energia. Ele e seu partido GS têm o apoio de vários partidos de oposição de centro-esquerda, dando a ele uma chance maior do que Jansa de formar uma coalizão de governo.
O partido GS tem defendido uma transição para energia verde e desenvolvimento sustentável, em oposição às promessas de estabilidade da Jansa e slogans nacionalistas como "Nós construímos a Eslovênia".
md (AP, AFP)
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