Segunda na linha de sucessão à presidência americana depois da vice-presidente Kamala Harris, Pelosi é a autoridade de mais alto escalão dos EUA a viajar à Ucrânia desde o início da guerra travada pela Rússia, em 24 de fevereiro.
"Nossa delegação viajou a Kiev para enviar uma mensagem inequívoca e retumbante para o mundo todo: os Estados Unidos estão firmemente com a Ucrânia", disse a democrata em comunicado divulgado neste domingo (01/05).
Imagens divulgadas pelo gabinete de Zelenski mostram o presidente ucraniano recebendo Pelosi e uma delegação do Congresso americano nos portões da presidência em Kiev, e depois em uma reunião. Em vídeo compartilhado mais tarde pelo gabinete de Pelosi, ambos agradecem um ao outro pela colaboração durante a guerra.
"Vamos vencer, e vamos vencer juntos", afirmou Zelenski. "Estamos aqui até que a vitória seja conquistada", respondeu Pelosi.
A presidente da Câmara ainda disse que a visita dos americanos visava "agradecer [aos ucranianos] por sua luta pela liberdade". "Estamos na fronteira da liberdade e sua luta é uma luta de todos. Nosso compromisso é estar com vocês até que a luta termine", acrescentou Pelosi.
A comitiva americana incluiu os deputados democratas Gregory Meeks, que preside o Comitê de Relações Exteriores da Câmara; Adam Schiff, chefe do Comitê de Inteligência; Jim McGovern, do Comitê de Regras; além de Jason Crow, Barbara Lee e Bill Keating.
"Todos vocês são bem-vindos", disse o presidente da Ucrânia à delegação.
No Twitter, Zelenski ainda agradeceu aos Estados Unidos por "ajudarem a proteger a soberania e a integridade territorial de nosso Estado". "Os EUA são líderes em apoiar fortemente a Ucrânia na luta contra a agressão russa", acrescentou o presidente.
"Luta da liberdade contra a tirania"
O deputado Adam Schiff disse que os parlamentares americanos tiveram uma reunião de três horas com Zelenski e membros de seu governo, na qual foram discutidas sanções, fornecimento de armas e assistência humanitária.
O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara americana ainda prometeu que os EUA continuarão compartilhando inteligência com a Ucrânia. "Esta é uma luta da liberdade contra a tirania", disse Schiff. "E nessa luta, a Ucrânia está na linha de frente."
Jim McGovern, por sua vez, afirmou que a guerra da Rússia tem repercussões muito além da Ucrânia e está exacerbando uma crise alimentar que será desastrosa para as pessoas mais carentes ao redor do mundo.
"A guerra brutal de Putin não é apenas uma guerra contra o povo da Ucrânia", disse o deputado. "É também uma guerra contra os mais vulneráveis." Ele acrescentou que a Ucrânia é um "celeiro do mundo". "Não acho que Putin se importe se ele matar o mundo de fome."
Visita à Polônia
A visita à Ucrânia não havia sido previamente anunciada, embora já fosse esperada. Após deixaram o país, a democrata e os demais membros da comitiva seguiram viagem para o sudeste da Polônia.
Pelosi afirmou que visitaria em seguida a capital, Varsóvia, para uma reunião com o presidente Andrzej Duda e outras autoridades do país. A Polônia já recebeu mais de 3 milhões de refugiados ucranianos desde o início da invasão russa.
"Estamos ansiosos para agradecer aos nossos aliados poloneses por sua dedicação e esforços humanitários", afirmou a deputada.
ek (AP, Reuters, AFP)
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