É também a obra do século 20 a ser comercializada pelo valor mais alto, superando "As Mulheres de Argel", do pintor espanhol Pablo Picasso, que foi vendida por 179,4 milhões de dólares.
A obra é proveniente da coleção da Fundação Thomas e Doris Ammann, com sede em Zurique, na Suíça, e todos os rendimentos da venda seriam revertidos para a entidade, dedicada a melhorar a vida de crianças em todo o mundo, com a criação de sistemas de apoio para prestação de cuidados de saúde e programas educacionais.
A casa de leilões Christie's tinha estimado o valor da venda em 200 milhões de dólares. O quadro, entretanto, foi arrematado por 170 milhões, mas, com inclusão das taxas, o preço final ficou em 195 milhões de dólares.
O valor recorde atingido até então por uma obra de um artista americano era de 2017, quando uma pintura de Jean-Michel Basquiat de 1982 foi vendida por 110,5 milhões de dólares.
A serigrafia, de um metro de diâmetro, apresenta a icônica atriz americana com o rosto pintado de cor-de-rosa, cabelo amarelo, lábios rubi, e uma sombra azul nos olhos. A pintura é feita sobre uma foto promocional da atriz para o filme Niagara, de 1953.
A peça é parte de uma série de quatro serigrafias chamada Shot Marilyns ("Marilyns alvejadas"), criadas após a morte da atriz. O título se refere a um incidente em que uma mulher atirou com uma pistola contra os retratos no ateliê de Warhol, apesar de Shot Sage Blue Marilyn não ter sido atingida.
Obra "mais significativa do século 20"
Alex Rotter, presidente da Christie's para as coleções de arte moderna e contemporânea, disse que a obra é era a "mais significativa do século 20 a ser leiloada numa geração. Marilyn de Andy Warhol é o auge absoluto do pop americano e a promessa do sonho americano, que reúne otimismo, fragilidade, celebridade e iconografia ao mesmo tempo".
Ele coloca a obra ao nível de pinturas como "Nascimento de Vênus", de Sandro Botticelli, "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci, e Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, considerando-a "uma das melhores pinturas de todos os tempos".
A serigrafia já foi exibida em alguns dos mais importantes museus do mundo, como o Guggenheim, em Nova Iorque, o Centro Georges Pompidou, em Paris, a Tate Modern, em Londres, o Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, ou a Neue Nationalgalerie, em Berlim.
Marilyn Monroe era uma das maiores estrelas de Hollywood de sua época. Ela morreu em 4 de agosto de 1962 após uma overdose.
rc (Reuters, Lusa, ots)
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