A medida é uma tentativa de combater a alta nos preços em um momento em que o país registra a maior inflação em mais de 40 anos.Os preços no país vêm subindo acentuadamente inicialmente devido a problemas na cadeia de suprimentos em razão da pandemia de coronavírus e, posteriormente, pelainvasão da Ucrânia pela Rússia.
A taxa de inflação nos Estados Unidos aumentou em 8,6% no mês de maio, atingindo o maior patamar em quatro décadas, segundo os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA.
Em um comunicado, o Comitê de política monetária do Fed (FOMC, na sigla em inglês) disse que, apesar do aumento da taxa de juros, continua "fortemente comprometido" fazer com que a inflação retorne ao patamar de 2% no longo prazo.
O FOMC observou que os efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia estão "criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global".
O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu que o aumento de 0,75 ponto percentual "é extraordinariamente importante", mas que, "na perspectiva de hoje, uma nova subida de 0,50 ou 0,75 parece muito provável" na próxima reunião, em 26 e 27 de julho.
Novas projeções de inflação e desemprego
De acordo com novas projeções, o Fed espera uma inflação de 5,2% este ano, em vez dos 4,3% que previa em março, e antecipou um crescimento mais fraco, de 1,7% - há três meses previa 2,8%. Quanto à taxa de desemprego, as novas previsões apontam para 3,7%, acima dos 3,5% anunciados anteriormente.
"A atividade econômica em geral se recuperou", considerou a Fed em um comunicado, mencionando "sólidos avanços no mercado laboral nos últimos meses e uma taxa de desemprego num nível baixo". Mas "a inflação permanece "elevada, refletindo os desequilíbrios entre a oferta e a procura associados à pandemia, os preços da energia elevados e pressões sobre os preços mais amplas".
O banco central sublinhou que a invasão da Ucrânia e as sanções impostas à Rússia criaram "pressões adicionais para a subida da inflação que penalizam a atividade econômica mundial".
O anúncio da maior economia do mundo também ocorre em meio ao aumento da inflação e à incerteza econômica nos mercados ao redor do mundo. O Banco Central Europeu sinalizou planos para aumentar as taxas de juros pela primeira vez em 11 anos a partir de julho.
le (Lusa, AP, AFP)
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