Quatro explosões foram registradas por volta das 06h30 (00h30 em Brasília) em Kiev. Algumas atingiram um complexo residencial no distrito central de Shevchenkivskiy, causando um grande incêndio. O edifício de nove andares ficou gravemente danificado.
Pelo menos quatro pessoas foram hospitalizadas, incluindo uma menina de sete anos, disse o prefeito da capital ucraniana, Vitaly Klitschko.
Kiev não registrava ataques russos desde o início de junho.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu os novos bombardeios russos contra Kiev como uma "barbárie" durante a cúpula do G7.
"É mais uma barbárie dele", respondeu Biden a jornalistas durante a cúpula, que ocorre em em Schloss Elmau, no estado alemão da Baviera.
Trata-se de "intimidar os ucranianos (...) dada a proximidade da cúpula da Otan", disse o prefeito Klitschko após as explosões, em referência à reunião de cúpula da aliança militar ocidental, marcada para a próxima terça-feira.
Na cúpula do G7, os líderes das sete principais nações industrializadas do mundo - Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - discutem como ajudar a Ucrânia e mitigar os efeitos da guerra na economia mundial.
O Reino Unido, que anunciou ajuda adicional que pode chegar a US$ 525 milhões, alertou no sábado contra qualquer "fadiga" no apoio a Kiev, o que poderia favorecer o regime de Vladimir Putin.
O Reino Unido, juntamente com os Estados Unidos, Canadá e Japão, também anunciou que proibirá a importação de ouro russo como parte das novas sanções impostas a Moscou
Já o governo ucraniano, após os novos ataques deste domingo, apelou aos países do G7 para enviarem mais armas e aplicarem mais sanções contra a Rússia;
"A cúpula do G7 deve responder com mais sanções contra a Rússia e mais armas pesadas para a Ucrânia", insistiu o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kouleba, no Twitter, pedindo a "derrota do doentio imperialismo russo".
"Uma criança ucraniana de 7 anos dormia pacificamente em Kiev até que um míssil de cruzeiro russo explodiu o seu edifício", disse o ministro ucraniano.
"É extremamente importante que, durante as cúpulas desta semana, o G7 e a Otan demonstrem que o seu compromisso em defender a Ucrânia nunca será mais fraco do que o desejo de [Vladimir] Putin de a assumir", insistiu Kouleba num artigo de opinião escrito em conjunto com a homóloga britânica, Liz Truss.
O ministro pediu ainda "um aumento e aceleração do fornecimento de armas pesadas, sanções mais duras contra todos aqueles que contribuem para a guerra de Putin e um embargo total das importações de energia russa".
jps (AFP, Lusa, ots)
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