A tempestade Nalgae atravessou Luzon, a principal ilha do arquipélago filipino, com ventos de até 95 quilômetros por hora e gerou fortes chuvas até em regiões distantes de sua trajetória, como na ilha de Mindanao, que vem sofrendo enchentes e quedas de barreiras nos últimos dias.
Somente em Mindanao, o número de mortos até este sábado era de 40, além de cinco outras mortes ocorridas em diferentes regiões do país. Relatos na imprensa local falavam em ao menos 50 mortes.
Ao menos 17 pessoas estão desaparecidas, e em torno de 170 mil tiveram de ser retiradas das áreas de risco.
Os deslizamentos de terra e enchentes repentinas ocorrem em áreas de montanha amplamente desmatadas, que se tornaram a maior ameaça imposta pelos tufões que atingiram as Filipinas nos últimos anos.
O presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., criticou a defesa civil e as autoridades em Mindanao pela falta de agilidade na retirada de civis. Ele ordenou o envio urgente de ajuda à província.
O Nalgae é o segundo maior ciclone a atingir as Filipinas este ano. As chuvas torrenciais e ventos fortes castigaram a capital, Manila, e prejudicaram os planos de viagem dos filipinos em pleno auge da temporada turística no país.
Prejuízos em pleno feriado
As companhias aéreas cancelaram 116 voos domésticos e internacionais, informou o Ministério dos Transportes. Segundo a Guarda Costeira, em torno de 7,5 mil passageiros e funcionários e 107 embarcações permaneciam bloqueados nos portos do país.
Em Manila, a prefeitura ordenou o fechamento dos cemitérios que seriam visitados por milhões de pessoas no fim de semana, no feriado de Todos os Santos.
A agência estatal de meteorologia informou que outra tempestade tropical já ganha força no Pacífico e poderá atingir o território filipino na próxima terça-feira.
O país lida com uma média de 20 tempestades tropicais todos os anos. Em dezembro do ano passado, o tufão Rai de categoria 5 devastou as províncias centrais das Filipinas, deixando 407 mortos e mais de 1,1 mil feridos.
rc (AFP, Reuters, AP)
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