Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fechamento das rodovias ocorre em locais no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rondônia e no Distrito Federal.
Entre as rodovias que são alvo da ação dos bolsonaristas estão a Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, que foi totalmente bloqueada nos dois sentidos, a BR-101 em Santa Catarina, a BR-163 no Pará e no Mato Grosso, e a BR-116 no Rio Grande do Sul.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os motoristas usando os caminhões para bloquear o trânsito ou fazendo barricadas com pneus queimados. Em vários vídeos, caminhoneiros que participam dos bloqueios pedem intervenção militar ou se recusam a reconhecer o resultado das urnas.
Em gravações obtidas pelo portal UOL, os manifestantes pedem ajuda às Forças Armadas. "Não podemos liberar. [São] 72 horas para o Exército tomar conta. Se nós precisar ficar além das 72 horas... travou, não libera nada. Nós só saímos das ruas na hora em que o Exército tomar o país", diz um dos supostos líderes da ação.
Representantes da categoria se distanciam de golpistas
Diversas lideranças da categoria se distanciaram da ação e pediram o fim dos bloqueios. Em nota, o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), que representa os caminhoneiros no Congresso, afirmou não existir uma manifestação organizada e ressaltou que a categoria reconhece a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
"Esses atos que estão acontecendo desde ontem pelo Brasil não são pautas, e essas pessoas não representam os caminhoneiros", disse ainda Crispim em entrevista ao UOL. "A categoria dos caminhoneiros, através da frente parlamentar dos caminhoneiros, a qual eu represento, aceita o resultado das eleições", acrescentou.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti, classificou a manifestação de antidemocrática e destacou que os atuais bloqueios não defendem os interesses da categoria. Já o presidente da Associação Nacional de Transportes do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, afirmou que a ação está sendo organizada por apenas alguns indivíduos, que estão obrigando os caminhões a pararem na pista.
cn (ots)
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