As Organizações Trump são acusadas de contabilizar despesas pessoais de seus dirigentes como custos do negócio, e de pagar bônus para diretores como se fossem profissionais independentes contratados.
O promotor Joshua Steinglass afirmou durante o julgamento que "a miscelânea de benefícios foi projetada para manter seus altos executivos felizes e leais".
As Organizações Trump e outra entidade da família, a Trump Payroll Corp, foram consideradas culpadas de todas as acusações. "Este era um caso sobre ganância e trapaça", disso o promotor distrital de Manhattah, Alving Bragg, que atuou no caso.
Trump não foi acusado neste caso, embora ele e seus três filhos mais velhos sejam alvo de outro processo de fraude movido pela procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James.
O ex-presidente também é investigado por seu envolvimento na invasão do Congresso americano, em janeiro de 2021, quando tentou impedir a confirmação do resultado das eleições, após sua derrota para o democrata Joe Biden.
Além disso, ele investigado pelo Departamento de Justiça dos EUA por ocultar em sua residência pessoal documentos confidenciais do governo, depois que deixou o cargo em janeiro de 2021.
Delação de ex-diretor
O fato de as empresas que levam seu nome terem sido condenadas poderá gerar danos graves à reputação do ex-presidente, que planeja concorrer novamente à Casa Branca em 2024.
As Organizações Trump, grupo que atua no ramo imobiliário e é proprietário de campos de golfe, hotéis e outros imóveis em todo o mundo, serão punidas com o pagamento de uma multa, cujo valor ainda não foi determinado. Isso deverá ser definido no dia 13 de janeiro.
Os jurados aceitaram o argumento dos promotores de que as Organizações Trump – administradas pelos dois filhos mais velhos do ex-presidente, Eric e Donald Jr. – esconderam compensações milionárias pagas aos executivos da empresa entre 2005 e 2021.
A principal testemunha da acusação era o ex-diretor-financeiro de empresa Allen Weisselberg, de 75, anos, que firmou um acordo judicial com os promotores. Em troca, sua condenação não poderá ser de mais de 5 meses na prisão.
Ao fechar o acordo com a Promotoria, Weisselberg aceitou pagar 2 milhões de dólares em multas e compensações. O ex-diretor, que está de licença remunerada, testemunhou que recebeu mais de 1 milhão de dólares em pagamentos de salários e bônus este ano.
A defesa de Trump acusa Weisselberg de ser o responsável pelo esquema fraudulento e afirma que o ex-presidente não tinha conhecimento das ações de seu diretor.
rc (AFP, ots)
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