No total, 16 novos nomes foram anunciados hoje durante um encontro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde atua a equipe de transição. Com o novo anúncio, o número de nomes já definidos chega a 24, restando ainda 13 vagas a serem preenchidas, entre elas Meio Ambiente e Transportes.
Entre os novos nomes confirmados está o do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A pasta será recriada pelo governo que começa em 1º de janeiro.
Ainda que Lula tenha dito em novembro que o ex-governador de São Paulo não disputaria vaga de ministro por ter sido eleito vice-presidente, Alckmin acumulará as duas funções a partir de janeiro.
Lula afirmou nesta quinta-feira que decidiu chamar Alckmin para assumir a pasta após ter recebido a recusa ao convite que ele fez para comandar o ministério ao empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e filho de seu ex-vice José de Alencar.
Educação, Portos e Aeroportos, Trabalho
O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) foi confirmado como futuro ministro da Educação.
O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), comandará o Ministério dos Portos e Aeroportos – que atualmente é parte do Ministério da Infraestrutura.
O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) chefiará o Ministério do Trabalho. O cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência ficará com o deputado federal Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista.
A Secretaria de Governo passará a se chamar Secretaria de Relações Institucionais (SRI), como já foi no passado. O ministério deve manter as atribuições de articulação política, sendo chefiado pelo deputado federal reeleito Alexandre Padilha (PT-SP).
Petista assume pasta pleiteada por Tebet
Lula também oficializou a nomeação do ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) para o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo Bolsa Família e que era pleiteada por Simone Tebet (MDB-MS).
Também foram nomeados o deputado federal Márcio Macêdo (PT-SE), para a Secretaria Geral da Presidência; o procurador Jorge Messias para a Advocacia-Geral da União; e a socióloga Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017, será a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde.
Gestão, Ciência, Mulheres, Cultura
A economista Esther Dweck foi nomeada ministra de Gestão e Inovação; a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PC do B-PE), será ministra da Ciência e Tecnologia.
O Ministério das Mulheres será comandado por Cida Gonçalves, integrante da equipe de transição do presidente eleito e que já atuou na área nos governos anteriores do PT.
A cantora Margareth Menezes foi confirmada para chefiar o Ministério da Cultura.
Irmã de Marielle Franco para Igualdade Racial
A ativista Anielle Franco foi a escolhida para chefiar o Ministério da Igualdade Racial do novo governo. Irmã da vereadora carioca assassinada Marielle Franco, Anielle participou dos trabalhos da equipe de transição do grupo temático de mulheres.
Silvio Almeida será o novo ministro dos Direitos Humanos. Advogado, filósofo e professor, ele é referência no estudo de questões raciais no país. O jurista Vinícius Marques de Carvalho assumirá a Controladoria-Geral da União.
Primeiros nomes
Em 9 de dezembro, Lula já havia anunciado os cinco primeiros nomes dos primeiros escolhidos para comandar ministérios em seu novo governo. Foram apresentados os titulares da Fazenda, Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Defesa e Relações Exteriores.
O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi confirmado para comandar o Ministério da Fazenda. Ele foi candidato a presidente pelo PT em 2018, após Lula ter sido declarado impedido de concorrer. Neste ano, Haddad disputou o governo de São Paulo, mas perdeu para Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Para comandar o ministério da Defesa, Lula escolheu o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro. O engenheiro civil foi deputado federal por Pernambuco por cinco mandatos até 2007, quando assumiu a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula.
Já o senador eleito Flávio Dino (PSB) será o novo ministro da Justiça. O ex-governador do Maranhão foi o principal porta-voz do grupo de trabalho sobre esse tema durante a transição de governo.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), irá comandar a Casa Civil. Costa não concorreu nas eleições deste ano, por já estar no segundo mandato. Ele é ligado ao senador Jaques Wagner, um dos principais aliados de Lula. Seu nome era cotado para assumir um ministério no novo governo.
Já o embaixador Mauro Vieira será o ministro das Relações Exteriores. Ele chefia a Embaixada do Brasil em Zagreb, na Croácia. Vieira já comandou o Itamaraty entre 2015 e 2016, durante o governo Dilma. Funcionário de carreira, o diplomata se formou no Instituto Rio Branco, em 1974.
md (ots)
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