A partir da 00:00 de segunda-feira, a China, com exceção de Hong Kong, passa a ser classificada como "região de variante do coronavírus", segundo o Instituto Robert Koch, de controle e prevenção de doenças.
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde alemão já anunciara que os viajantes provenientes da China teriam de apresentar teste negativo de covid-19 para entrar no país. Outros países, preocupados com o recrudescimento de casos no território chinês, já aplicam essa medida.
As medidas atendem à "forte" recomendação da União Europeia para que seus Estados-membros exijam testagem negativa de todos recém-chegados da China. Uma onda sem precedentes de infecções pelo vírus Sars-CoV2 atravessa o país asiático, desde que as autoridades abandonaram a assim chamada "política de covid zero". Especialistas calculam em 9 mil o número diário de mortes por covid-19.
Pequim: medidas "inaceitáveis"
Diversos países europeus acataram a diretriz da UE, anunciando que exigirão testes aos oriundos da China. No caso de Portugal, desde as 00:00 deste sábado passou-se a submeter os passageiro em questão a testes aleatórios de covid-19. A partr de domingo se exigirá teste realizado até 48 horas antes do embarque.
As autoridades vão também aplicar mecanismos de monitoração de águas residuais e posterior sequenciação genômica no Aeroporto Internacional Humberto Delgado de Lisboa e nos aviões de proveniência chinesa, com vista à identificação do coronavírus.
No fim de dezembro, Pequim anunciou que em 8 de janeiro vai, pela primeira vez desde março de 2020, abrir suas fronteiras. O fato levou vários países a exigirem teste negativos de covid-19 para permitir a entrada de viajantes do país asiático em seus territórios.
França, Espanha, Japão e Estados Unidos estão entre os que já haviam decidido exigir a testagem, nos últimos dias; e Marrocos anunciou mesmo a proibição total de ingresso aos que venham da China. Pequim tachou as medidas de "inaceitáveis".
av (Lusa,DPA)
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