"É um passo importante no caminho para a vitória", celebrou Zelenski nesta quarta-feira (25/01), no dia em que completou 45 anos de idade.
Nesta manhã, o chanceler federal Olaf Scholz anunciou durante uma reunião ministerial o envio de 14 modernos tanques Leopard 2-A6, após meses de pressão de Kiev e aliados.
"A decisão segue nossa conhecida linha de apoiar a Ucrâniada melhor forma possível. Estamos agindo internacionalmente de forma estreitamente coordenada", afirmou Scholz, em comunicado.
Horas mais tarde, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que Washington enviará à Ucrânia 31 tanques M1 Abrams, no intuito de ajudar as tropas ucranianas a "melhorar suas capacidades de manobra em terrenos abertos".
"A Alemanha realmente deu um passo adiante", disse Biden sobre a decisão de Berlim de enviar tanques à Ucrânia, acrescentando que os EUA, juntamente com os aliados europeus, estão unidos nos esforços para dar apoio a Kiev.
Biden, no entanto, negou que a decisão de Berlim o teria forçado a colocar de lado sua oposição ao envio de blindados. "A Alemanha não me forçou a mudar de ideia; queríamos assegurar que estamos todos juntos."
"A expectativa por parte da Rússia é que nós vamos nos dividir", afirmou. "Mas, estamos completamente, totalmente e integralmente unidos."
Kiev pede mísseis e aviões de combate
Os anúncios de Berlim e Washington surgem como um grande alívio para Kiev, que há meses vinha pedindo aos aliados ocidentais o envio de equipamentos de artilharia pesada.
"Tanques de batalha alemães, ampliação do apoio à nossa defesa e missões de treinamento, luz verde para os parceiros fornecerem armamentos semelhantes. Ouvi essas decisões importantes em um telefonema com Olaf Scholz", disse Zelenski, expressando sua "gratidão para com o chanceler e todos os nosso amigos".
O líder ucraniano disse que "velocidade e volume são fundamentais agora". "O Estado terrorista tem de ser derrotado" afirmou, se referindo a Moscou. "Quanto mais apoio nossos heróis nas frentes de batalha receberem do mundo, mais rapidamente a agressão russa acabará."
Ele relatou uma conversa que teve com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, na qual pediu mais armamentos para seu país.
"Devemos também liberar o envio de mísseis de longa distância para a Ucrânia [...] temos que expandir nossa cooperação em artilharia", destacou, acrescentando que seu país também precisa de aviões de combate. "Isso é um sonho e uma missão."
rc (AFP, Reuters, DW)
REDES SOCIAIS