Israel realiza ataques retaliatórios na Síria



09/04/2023 10h59

IDF responsabiliza palestinos e Estado sírio por disparo de mísseis contra região de Golã e reage, em episódio mais recente da escalada de violência no Oriente Médio. Tensão na fronteira israelo-libanesa também cresce.As Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram duas séries de investidas contra alvos na Síria neste domingo (09/04), em represália ao lançamento de seis mísseis nas Colinas de Golã por um grupo militante, na noite da véspera. Também estaria sendo utilizado um drone.

Segundo os militares, Israel considera "o Estado da Síria responsável por todas as atividades ocorrendo dentro de seu território", e não permitirá qualquer tentativa de violar sua soberania, acrescentaram. As Colinas de Golã, limítrofes com o Líbano, são uma região estratégica. Israel conquistou parte delas da Síria, em 1967, e depois as anexou.

No ataque não reivindicado da véspera, pelo menos um dos seis foguetes foi interceptado pelo sistema antiaéreo israelense, e dois caíram em zonas despovoadas. Atribuindo os disparos a "palestinos", as IDF também retaliaram com ofensivas contra a Faixa de Gaza e o sul do Líbano.

Trata-se do episódio mais recente na escalada de violência no Oriente Médio dos últimos dias. Na sexta-feira, três morreram em dois ataques anti-israelenses. Na véspera foram disparados do Líbano cerca de 30 mísseis em direção a Israel, resultando em um ferido e danos materiais. Um presumível atentado em Tel-Aviv também resultou em um morto e cinco feridos.

Desde 2006 não se registrava tamanha violência na frente israelo-libanesa. Os dois países encontram-se tecnicamente em estado de guerra, depois de vários conflitos. Uma linha de cessar-fogo no sul do Líbano é controlada pela Força Interina das Nações Unidas (Finul).

Israel tem intensificado as ofensivas contra a Síria visando posições de grupos ligados ao-Irã, seu inimigo número um. As autoridades sírias registram dez ataques israelenses em 2023, em que morreram tantos seus soldados e civis quanto consultores militares iranianos.

av (AP,Reuters,AFP,Lusa)

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