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Buraco aberto em Boeing 737-9 Max: parte da fuselagem foi ejetada poucos minutos após decolagem de voo da aérea Alaska Airlines.Segundo Anac, decisão de órgão regulador americano atinge voos da panamenha Copa Airlines. Companhia diz que 21 aeronaves passarão por inspeção de segurança.A decisão da Administração Federal de Aviação (FAA) americana de suspender temporariamente o uso de algumas aeronaves Boeing modelo 737 Max 9 após um acidente com a companhia aérea Alaska Airlines, na última sexta-feira (05/01), também afeta o Brasil, segundo informaram as autoridades brasileiras neste domingo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que o modelo é usado pela Copa Airlines em voos internacionais no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A empresa panamenha diz ter 21 aviões afetados em sua frota, e que suspendeu temporariamente suas operações com eles até que passem por uma "revisão técnica".

Ainda segundo a companhia, a expectativa é de que as aeronaves estejam liberadas para uso seguro em até 24 horas.

A Copa Airlines tem voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro para o Panamá, mas também cobre destinos em diversos pontos da América Latina, América Central e Estados Unidos.

No sábado, a agência americana reguladora FAA afirmou que ordenaria o pouso temporário de 171 aeronaves do modelo 737 Max 9 para inspeção compulsória.

Neste domingo, o órgão afirmou que os aviões permaneceriam em terra até que houvesse certeza de que eles podem operar com segurança. "Pousamos as aeronaves afetadas, e elas continuarão em terra até que a FAA julgue que elas estão seguras."

Inspeção afeta apenas aeronaves com porta extra "tamponada"

A decisão atinge as aeronaves 737 Max 9 que possuem uma saída de emergência desativada na parte traseira, configurada apenas em caso de ampliação da capacidade máxima do avião para 220 assentos. Quando este não é o caso, a cavidade é preenchida com uma espécie de "tampão" – a solução, que não é incomum na indústria de aviação, dá flexibilidade às companhias aéreas para adaptar aeronaves conforme a quantidade de passageiros.

A fuselagem que cobre essa cavidade é fabricada não pela Boeing, mas por outras duas empresas. Segundo a agência de notícias Reuters, porém, a Boeing também tem responsabilidade pela instalação do "tampão".

A inspeção compulsória foi determinada após uma explosão em pleno voo arrancar uma janela e uma peça da fuselagem de um avião do tipo. O acidente ocorreu durante voo comercial da americana Alaska Airlines cerca de 20 minutos depois da decolagem. Toda a tripulação – 171 passageiros e seis tripulantes – saiu ilesa.

ra (Reuters, ots)