Movimentar-se é importante tanto para a saúde física como mental das crianças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que crianças de um a quatro anos de idade estejam fisicamente ativas três horas por dia. Dos cinco aos 17 anos, a recomendação é de pelo menos uma hora por dia.
O estudo foi liderado por Emma K. Adams, da Universidade da Austrália Ocidental, e publicado na revista científica International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. O trabalhou baseou-se em dados de uma pesquisa longitudinal que acompanhou a atividade física de 600 crianças de dois a sete anos de idade no período de 2015 a 2021.
Entre as crianças observadas, 307 não tiveram um cão em casa no período, 204 tiveram um cão em casa durante todo o período, 58 passaram a ter um cão no período e 31 tiveram um cão que morreu no período. A atividade física das crianças foi medida usando acelerômetros que medem o movimento presos à região do quadril e informações prestadas pelos pais.
Andar, brincar e jogar
Meninas que tinham um cachorro faziam em média oito atividades físicas semanais a mais do que aquelas sem um cão, como brincar em áreas abertas, andar ou jogar com o cachorro. Entre os meninos, os que tinham um cachorro faziam em média sete atividades físicas semanais a mais do que os que não tinham um animal.
As crianças que no início do estudo não tinham um cachorro, mas que nesse período passaram a contar com o animal em casa, passaram a fazer em média sete atividades físicas semanais a mais do que antes. Entre as meninas, elas passaram a fazer, em média, 52 minutos a mais de atividades físicas por dia.
O estudo também mediu o efeito da morte do cão na atividade física das crianças. No caso das meninas, as que enfrentaram essa experiência passaram a fazer em média 46 minutos diários a menos de atividades físicas, ou em média dez atividades físicas a menos por semana. Entre os meninos, a redução foi de oito atividades a menos por semana.
Segundo os pesquisadores, isso se deve ao período de luto das crianças, que podem passar a evitar atividades que as lembrem do cachorro, e aos casos em que as atividades físicas não foram substituídas por outras. O estudo não identificou alterações significativas e conclusivas entre os grupos relativas à qualidade de sono e ao tempo de uso de telas.
Os pesquisadores afirmam que os dados demonstram que ter um cachorro aumenta a atividade físicas de crianças, com possível redução do risco de doenças crônicas no longo prazo.
bl/le (ots)
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