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Paciente vacinado mais de 200 vezes apresentou bem mais anticorpos contra o Sars-CoV-2- do que quem recebeu três dosesCaso não só chamou a atenção pela quantia de doses, mas também porque paciente mantém sistema imunológico saudável, de acordo com estudo publicado na revista científica "The Lancet Infectious Diseases".Por motivos pessoais que permanecem em segredo, um homem de 62 anos na Alemanha se vacinou 217 vezes contra a covid-19. Seu caso não só chamou a atenção por causa do número de doses, mas também porque ele continua tendo um sistema imunológico saudável, de acordo com um estudo publicado na segunda-feira (03/04) na revista The Lancet Infectious Diseases.

Pesquisadores da Universidade e do Hospital Universitário de Erlangen, no sudeste da Alemanha, que tomaram conhecimento do homem pela imprensa, analisaram amostras de sangue do paciente coletadas e armazenadas ao longo dos últimos anos.

Eles descobriram que o sistema imunológico dele não só estava funcionando normalmente, como também que certas células de defesa e anticorpos contra o Sars-CoV-2 eram significativamente mais numerosos do que em pessoas que haviam recebido apenas três vacinas, informou a equipe.

A incógnita sobre o motivo da quantidade de doses

De acordo com suas próprias declarações, o homem, cuja identidade não foi revelada, se vacinou contra o coronavírus 217 vezes. Dessas, apenas 134 vacinações puderam ser confirmadas oficialmente.

Aparentemente, esse paciente conseguiu comprar e administrar essas vacinas, por conta própria, em um período de 29 meses. Além disso, os registros de vacinação revelaram que ele havia recebido oito preparos diferentes, incluindo vários preparos de mRNA, explicou Kilian Schober, do departamento de microbiologia e imunologia infecciosa da universidade alemã.

Quando lhe perguntaram sobre o motivo de tantas doses, Schober não soube dizer por que o homem havia recebido tantas aplicações.

Mais uma dose durante o estudo

"Descobrimos o seu caso através de artigos de jornal. Depois entramos em contato e o convidamos a fazer vários testes em Erlangen. Ele estava muito interessado em fazê-lo", disse Schober.

Durante o estudo, o homem também foi vacinado novamente, pela 217ª vez. Isso aumentou significativamente o número de anticorpos, de acordo com os autores do estudo. O sistema imunológico também permaneceu eficaz contra outros agentes patogênicos, como demonstraram outras evidências.

“Conseguimos coletar amostras de sangue nós mesmos quando o homem recebeu outra vacina durante o estudo, por insistência dele. Pudemos usar essas amostras para determinar exatamente como o sistema imunológico reage à vacina”, explicou Schober.

Schober estava preocupado com o fato de que a superestimulação do sistema imunológico com doses repetidas pudesse causar fadiga celular, mas nenhuma evidência disso foi encontrada no homem, e não havia sinais de que ele já tivesse sido infectado por covid.

Os especialistas ressaltaram que não apoiam que uma pessoa seja vacinada tantas vezes como estratégia para melhorar a imunidade.

Os resultados dos testes realizados no homem foram insuficientes para tirar conclusões de longo alcance e muito menos fazer recomendações ao público, segundo os especialistas. "É importante ressaltar que não endossamos a hipervacinação como uma estratégia para aumentar a imunidade adaptativa", escreveram os especialistas.

“As investigações atuais indicam que uma vacina de três doses, juntamente com vacinações regulares de acompanhamento para grupos vulneráveis, continua sendo a abordagem preferida”, destacou a universidade.

Recomendação na Alemanha

O Comitê Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko) recomenda que adultos saudáveis de até 59 anos de idade recebam uma imunização básica composta por três doses. As pessoas com mais de 60 anos, como o homem estudado e os grupos de risco, devem receber uma vacinação de reforço anual.

"A pesquisa atual indica que a vacinação com três doses, juntamente com vacinas de reforço periódicas para grupos vulneráveis, continua sendo a abordagem preferida. Não há indicação de que sejam necessárias vacinas adicionais", afirmam os pesquisadores no site da universidade.

md (DPA, EFE, ots)