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A nova elevação , provocada por uma série de chuvas que atingiram o estado no fim de semana, levou a uma corrida em Porto Alegre para erguer barreiras contra a água

As inundações que mantêm boa parte de Porto Alegre debaixo d´água não dão sinais de diminuição. Nesta terça-feira (14/05), o nível das águas do lago Guaíba, que margeia a capital gaúcha, continuou a subir. Por volta de 8h15, o nível seguia em elevação em 5m20cm no Cais Mauá, um aumento de 40cm desde a manhã de segunda-feira.

O nível de alerta do lago é 2,5 metros. Inundações ocorrem quando o nível ultrapassa 3 metros. É a segunda vez em dez dias que o Guaíba supera a marca da cheia histórica de 1941, de 4,76 m, que até o início de maio ocupava o recorde. Segundo o instituto de meteorologia MetSul, há ainda o risco de o Guaíba superar o novo recorde de 5,35 metros registrado em 5 de maio caso as águas não baixem. Com isso, há risco de as inundações chegarem a regiões da capital que não foram alagadas até agora.

Por causa da elevação do Guaíba, o Lami, um bairro no extremo sul de Porto Alegre, foi evacuado na madrugada. Cerca de 300 famílias deixaram suas casas.

O prefeito da capital, Sebastião Melo, disse que as pessoas que tiveram as residências atingidas na semana passada não devem voltar ainda para casa. "Meu apelo é para que ninguém volte para casa. Tomara que não chegue a 5,5m, mas temos que acreditar na meteorologia", disse em entrevista coletiva.

A nova elevação, provocada por uma série de chuvas que atingiram o estado no fim de semana, levou a uma corrida em Porto Alegre para erguer barreiras contra a água e resgatar moradores que ainda permanecem em áreas de risco. Segundo a Metsul, a tendência é de a forte alta seguir nesta primeira metade da semana por causa da quantidade de água que vem descendo dos rios contribuintes e que encontra um Guaíba já extraordinariamente cheio.

Especialistas ainda alertam que essas chuvas em sequência, que vêm dificultando o escoamento, podem levar a capital a permanecer por até um mês embaixo d'água.

Mortes chegam a 147

O número de mortos nas enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 147 na segunda-feira, segundo a Defesa Civil do estado. Há ainda 806 pessoas feridas e 127 seguem desaparecidas após as inundações provocadas pelas chuvas torrenciais que atingiram o estado.

O boletim divulgado ao meio-dia deste domingo informa ainda que 2,1 milhão de pessoas foram afetadas pelas consequências das chuvas em 450 dos 497 municípios gaúchos (mais de 90% do total). A Defesa Civil relatou que o número de desalojados pela crise permanece em 538 mil. Mais de 77 mil estão em abrigos – contra 81 mil no domingo. Segundo o governo do estado, a redução no número de pessoas em abrigos pode ser explicada porque alguns conseguiram retornar para suas casas ou foram para moradias de conhecidos e parentes.

O Rio Grande do Sul ainda tem 102 trechos de rodovias federais e estaduais com bloqueios total ou parciais por causa das enchentes. Grande parte das interdições é nas estradas que passam pela Serra Gaúcha.

Governo federal suspende dívida do RS

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma suspensão por três anos dos pagamentos das parcelas da dívida do Rio Grande do Sul com a União, com o objetivo de aliviar o caixa do estado em meio ao desastre ambiental e social provocado pelas inundações.

As parcelas que deixarão de ser pagas totalizam cerca de R$ 11 bilhões. A iniciativa ainda prevê que os juros da dívida do Estado serão zerados sobre todo o estoque também pelo mesmo período, o que representa um perdão de R$ 12 bilhões nessa frente.

De acordo com Haddad, que participou do anúncio ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a verba economizada com a suspensão dos pagamentos será destinada a um fundo contábil voltado à execução de projetos relacionados à reconstrução do estado.