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Divulgação | CBAt
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A poucos dias do início dos jogos olímpicos de Paris 2024, o maratonista brasileiro Daniel Ferreira do Nascimento foi suspenso por doping e está fora das competições. O atleta de 25 anos seria o único representante do país na modalidade e testou positivo para o uso indevido de três substâncias: drostanolona, metenolona e nandrolona.

A lista de atletas suspensos foi divulgada no início da última semana pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Até o momento, o caso de Daniel é o único entre os atletas da delegação brasileira que se classificaram para os jogos de Paris.

De acordo com Flávia Magalhães, médica do esporte que atuou no controle de doping na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 e na Copa América 2019, as substâncias detectadas no exame de Daniel são geralmente associadas ao aumento de massa muscular, e também podem auxiliar no processo de recuperação dos atletas.

“A drostanolona é um derivado da testosterona e promove o aumento de massa muscular e a redução da gordura corporal. É muito usada por fisiculturistas em ciclos, pois ajuda na redução de água corporal e na definição muscular. A metenolona, por sua vez, é conhecida por aumentar a massa muscular e a força. Ela estimula uma maior produção de glóbulos vermelhos, o que melhora a capacidade de transporte de oxigênio no sangue e beneficia a performance física”, explica a especialista.

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Segundo a médica, a substância restante, a nandrolona, é um anabolizante sintético, também derivado da testosterona, utilizado para o crescimento muscular. "Ela reduz a degradação dos músculos, o que favorece a recuperação do atleta, especialmente após treinos intensos”, complementa.

Danielzinho, como é conhecido, é apontado como o novo destaque do país na maratona, já sendo comparado inclusive a outros brasileiros que tiveram sucesso na modalidade. Em 2022, o atleta garantiu o terceiro lugar na Maratona de Seul e registrou o recorde sul-americano da prova. Daniel obteve o índice olímpico em abril de 2023.

Ainda segundo Flávia Magalhães, a premissa principal do controle de doping é a garantia da integridade do esporte. Ela também explica que as coletas de materiais podem ocorrer no período de competição ou não. 

"O atleta deve preencher um formulário, informando onde estará diariamente. A partir daí surgem os possíveis momentos em que poderá ser surpreendido por pessoas credenciadas pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) para a realização da coleta fora das competições. Toda essa gestão é realizada em parceria com as confederações”, finaliza.

O exame de Daniel foi realizado de forma surpresa, no dia 4 de julho. Com o resultado positivo, o atleta pode ficar afastado de competições por um período de até quatro anos. No momento, ele já cumpre a suspensão provisória. A namorada de Danielzinho, Graziele Zarri, também está na lista de doping da ABCD. A maratonista está suspensa desde janeiro.

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