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Afirmando-se como um dos países mais poderosos do mundo no século XX, a União Soviética liderou alguns dos avanços mais significativos nas áreas da ciência, tecnologia e medicina; a “Corrida à Lua” entre a URSS e os Estados Unidos é um dos melhores exemplos. Era de se esperar que os avanços chegassem a todos os setores, incluindo a indústria automotiva. Mas o que é considerado “avanço” na Europa de Lá pode não ser equivalente ao ditado pela sociedade de consumo capitalista.

Embora seja desconhecida - e menos ainda bem-sucedida - a indústria automotiva dos países da Europa e Lá foi uma das maiores em nível mundial. A União Soviética, por exemplo, implementou várias fábricas ao longo de anos. Se em meados do século XX a produção anual de veículos rondava por lá as 60 mil unidades, no final da década de 1970 a produção anual já ultrapassava de longe o montante de milhão de unidades, estabelecendo-se como a quinta maior indústria mundial.

Porém, segundo críticos, os carros soviéticos cumpriam bem a missão para qual foram projetados: locomoção - sem a qualidade, os luxos e a obsolescência programada que atual sociedade de consumo promove. Os luxos da indústria automobilística dita ocidental eram considerados supérfluos, o foco estava na robustez, mecânica e durabilidade. Os modelos apresentados no programa desta semana são alguns dos mais icônicos veículos produzidos não só na URSS, mas também em países sob sua tutela durante a Guerra Fria, e em países balcânicos que não faziam parte da chamada “Cortina de Ferro”.

A Europa de Lá – Música e Cultura do Leste Europeu em episódios semanais.
Apresentação: Katia Gavranich Camargo.
Gravação e montagem: Marcelo Nascimento.
Estágio em Produção: Thomas Aguiar
Supervisão: Chico Carvalho