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Como ouvinte, eu sempre quis saber a história das músicas. Como foram escritas, qual o contexto, por que, para quem, quando etc.

Quando fui convidada para apresentar a terceira temporada do “Caixa Acústica”, sugeri que fizéssemos essa leva de 13 episódios entrevistando ícones do rock nacional, contando as histórias das suas músicas mais emblemáticas.

E para abrir essa temporada, eu convidei João Luiz Woerdenbag Filho, ou para os íntimos, Lobão! Um dos maiores músicos do cenário nacional, multi-instrumentista, compositor, escritor e um verdadeiro filósofo da música brasileira. Ajudou a fundar a banda Blitz, inclusive deu o nome da banda, e depois saiu para uma carreira solo, onde já lançou mais de 17 álbuns e ganhou dois discos de ouro e um de platina. Sofreu com a ditadura, foi preso, ficou amigo dos detentos e na cadeia escreveu o álbum “Vida Bandida”. Em meio a problemas pessoais e tragédias familiares, nunca baixou a cabeça. Opinou sobre tudo e todos, criticou inclusive algumas de suas canções, autor de 5 livros, sendo duas autobiografias de muito sucesso.

Foi criado em uma família classe média, sua mãe era professora de inglês e seu pai, mecânico. O pequeno Xurupito, como era chamado, foi uma criança tímida. Tinha tudo para ser, segundo ele, um “bundão”, mas passou longe. Amém!

Por meio de seus de hits dos anos 80, como “Cena de cinema”, “Me chama” e “Vida bandida”, Lobão contou episódios engraçados e momentos dramáticos de sua “Vida louca vida”.