Ouça o programa completo:
Ele é guitarrista e produtor, fez parte de uma das bandas mais emblemáticas, queridas e importantes do rock nacional, a Legião Urbana. Ao lado de Renato Russo e Marcelo Bonfá, integrou o trio marcou gerações nos anos 80 e 90, vendeu mais de 20 milhões de discos e até hoje passa mensagens importantes, já que suas músicas viraram hinos que conversam até mesmo com os acontecimentos da atualidade.
Dado é sobrinho-neto do compositor Heitor Villa-Lobos, passou sua infância ouvindo seu pai tocar piano clássico todos os dias. Aprendeu a ouvir nessa época Bach, Caetano, Chico Buarque, e Rolling Stones. Aos 12 anos começou a ouvir Beatles, Little Richard e Chuck Berry. Através de sua irmã mais velha, Bebel, conheceu o disco “Transformer” de Lou Reed. Aos 14 chegou em Brasília depois de ter morado na Iugoslávia, Uruguai e França. Foi quando conheceu o punk dos Ramones, aí tudo mudou. Finalmente, em 1983 o estudante de Ciências Sociais da Universidade de Brasília entrou para “Legião” e o resto é história.
E nessas histórias, aliás, fica claro o protagonismo de Renato Russo, a quem Dado chama de “o catalisador-mor”. Ele relembra que “Índios” estava mixada e pronta para ser uma faixa instrumental quando Renato chega ao estúdio com uma letra e uma interpretação que deixa todos de queixo caído. Ou ainda na simplicidade de “Hoje a noite não tem luar”, versão de “Hoy me voy para México”, da boyband Menudo que entrou praticamente por acidente na gravação do disco “Acústico MTV” e se tornou um grande sucesso.
Dado já teve gravadora, a Rock it, programa de TV, escreveu livro, produziu trilhas sonoras de filmes, ganhou prêmios, mas a Legião vai ser sempre parte da sua história e da sua vida. Inclusive em 2024, Dado, o baterista Marcelo Bonfá e o vocalista André Frateschi estão com a turnê “As V estações”, que une o repertório dos discos "As quatro estações" (1989) e "V" (1991).
REDES SOCIAIS