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Quando pensamos em Franz Liszt, lembramos logo de suas obras diabolicamente virtuosas para piano. Afinal, ele foi o primeiro virtuose, o primeiro superstar do século 19. Um músico que levou uma vida extraordinária e se impôs como celebridade incontestável. Foi, aliás, uma das primeiras, senão a primeira celebridade no mundo musical europeu. Por isso, o CD desta semana pode surpreender nossos ouvidos. Liszt também compôs canções – ao todo, 80, em várias línguas, à francesa, à italiana e claro também à alemã.
O excelente barítono Thomas Hampson e a ótima soprano Sunhae Im interpretam onze canções, dez “lieder” à alemã e uma mélodie à francesa. O recorte é interessantíssimo, porque foca nas canções com acompanhamento orquestral. Melhor ainda: promove primeiras gravações de cinco delas: Der Doppelgänger, Die Vätergruft, Weimars Toten, Le Juif errant e Der Titan. O repertório divide-se entre canções originais neste formato, ao lado de arranjos de suas próprias canções e de Schubert.
É um lado da criação lisztiana praticamente desconhecido do grande público, e que nos revela preciosidades e refinamentos do grande virtuose do teclado, que, afinal, também manteve excelência na produção sinfônico-concertante com os poemas sinfônicos e sacra, na parte final de sua longa vida.
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