Ouça o álbum completo:
O gaúcho de Porto Alegre Alex Klein nasceu em 1964. E, sem dúvida, é o oboísta brasileiro que mais longe chegou, conquistando uma posição de destaque internacional. Foi primeiro oboé da Orquestra Sinfônica de Chicago entre 1995 e 2004, quando Daniel Barenboim era o maestro titular e diretor artístico. Ganhou o Grammy, em 2002, com sua gravação do Concerto para oboé, de Richard Strauss, com a Orquestra de Chicago e Barenboim. Afastou-se em 2004 devido a uma distonia, doença que em princípio o impediria de tocar oboé em nível profissional. Milagrosamente, dois anos depois retornou ao posto de primeiro oboé em Chicago, fato inédito na vida mais do que centenária da orquestra norte-americana.
Há dezoito anos Klein dirige o Festival de Música de Santa Catarina, FEMUSC, do qual é um dos fundadores, em Jaraguá do Sul, e apresenta-se regularmente, como oboísta e maestro, no Brasil e no exterior.
Ele acaba de lançar um álbum zen, contemplativo, em que seu oboé cristalino contracena com a refinada harpa da nova-iorquina Rita Costanzi, que desde 2007 leciona no Festival brasileiro de Santa Catarina. Eles chamam o CD de “a love affair” musical.
“Amoroso” toma emprestado o título de um dos mais belos álbuns de João Gilberto, de 1977. Se João cantou “Besame mucho”, “Caminhos Cruzados” e “’S Wonderful”, Klein e Rita passeiam por “Revêrie” e “Beau Soir” de Debussy, “Vocalise” de Rachmaninoff, “Meditação” de Massenet, “Oblivion” de Piazzolla e várias melodias de Gabriel Fauré. Com direito a um refinado arranjo para oboé e harpa de Klein com temas do “Concierto de Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo intitulado “En Aranjuez, con tu amor”.
REDES SOCIAIS