HISTÓRIA
A Orquestra Brasil Jazz Sinfônica nasceu de uma preocupação de artistas e estudiosos da MPB com a preservação da música sinfônica popular brasileira, formação de vibrante expressão na Era de Ouro do rádio e, posteriormente, na TV.
A ideia, que já circulava entre personalidades como Zuza Homem de Mello, ganhou forma nas mãos dos músicos Arrigo Barnabé e Eduardo Gudin, que configuraram a proposta de sua criação e a apresentaram ao então secretário da cultura, Fernando Morais, que, com entusiasmo, a colocou em prática. Assim, em 1989, a orquestra tornou-se um equipamento cultural oficial do Estado de São Paulo.
Para compor o time e realizar os propósitos deste projeto, foram convidados a partilhar desta construção artistas que desempenharam papéis centrais no cenário orquestral da MPB, atuando como maestros de orquestras de rádio, televisão ou em shows e gravações e que, juntos, gestaram a criação do conceito e do repertório inicial da orquestra.
Os primeiros maestros da orquestra foram Cyro Pereira, Luís Arruda Paes, Amilson Godoy e Nelson Ayres. Foram também convidados a colaborar os maestros e arranjadores Edmundo Villani Côrtes, Chiquinho de Moraes, Portinho e Severino Filho.
Após a constituição do primeiro time de gestores, maestros e arranjadores, foi necessário o principal – aqueles que dariam vida à ideia, os que dão corpo às notas frias do papel, os que realizam o som: os músicos.
Foram
então convidados a integrar a orquestra como chefes de naipe
artistas de reconhecida excelência, expoentes em suas áreas de
atuação, oriundos do universo popular e erudito, e que realizaram
os testes dos músicos a fim de completar a orquestra.
CHEFES
DE NAIPE DA PRIMEIRA FORMAÇÃO:
Spalla – Maria Vischnia
2os Violinos – German Wahjnrot
Violas – Marcelo Jaffé
Violoncelos – Zygmunt Kubala
Flautas – Toninho Carrasqueira
Oboés – Benito Sanchez
Trombones – Gilberto Gagliardi
Trompetes – Séttimo Paioletti
Saxofones – Demétrio Lima
Bateria – Toniquinho (Antonio de Almeida)
Guitarra – Heraldo do Monte
Piano – Roberto Bomilcar
Baixo – Gabriel Bahlis
Começou assim a se formar o caldo de cultura e troca de conhecimentos, que é um dos pilares da excelência apresentada pela Brasil Jazz Sinfônica.
É característica do fazer cultural a longa duração, onde a construção do novo se dá a partir da tradição, da reconstrução, da releitura e da mistura de influências. A cultura realiza-se no dia a dia e ao longo dos séculos, e é, acima de tudo, processo e não evento pontual.
Ao
longo desses 35 anos artistas das mais variadas formações,
experiências e faixas etárias realizam diariamente trocas de cunho
artístico e humano, enriquecendo e promovendo o amadurecimento
artístico e intelectual da Jazz Sinfônica, formando o que se
costuma chamar no mundo corporativo de “cultura da empresa”, e o
que a torna, de fato, única.
CONCERTO
DE ESTREIA
Sob a direção artística de Eduardo Gudin e regência de Cyro Pereira e Amilson Godoy, a orquestra fez seu concerto de estreia em 8 de junho de 1990, no Memorial da América Latina.
Logo mostrou a que veio, iniciando sua série de parcerias marcantes e históricas, como o concerto realizado em 15 de agosto de 1990 no Memorial da América Latina, que teve como convidado de honra o gênio Tom Jobim, compositor emblemático da nossa musicalidade e brasilidade mundialmente aclamadas. Os arranjos foram de Cyro Pereira, Klaus Ogermann e Paulo Jobim.
Desde então, em parceria com a Jazz Sinfônica, já atuaram, entre tantos outros, grandes artistas como: Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, JohnMclaughin, Gal Costa, Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Stanley Jordan, Lenine, Raul de Souza, John Pizzarelli, Moraes Moreira, Carlos Lyra, Nana Caymmi, Zizi Possi, Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Família Caymmi, Paquito de Rivera, Gonzalo Rubalcaba, João Donato, Ed Motta, Cássia Eller, Daniela Mercury, Jane Monheit, Richard Galliano, Luís Melodia, Philip Catherine, Eumir Deodato, Miúcha, Toquinho, Arturo Sandoval, Joe Zawinul, Fabiana Cozza, Mart’nália, Marcos Valle, Daniela Mercury, Carla Cook, Didi Bridgewater, Guinga, Ná Ozzetti, Leila Pinheiro, Elza Soares, Gilberto Gil, Lô Borges, Vanessa da Mata, Alceu Valença, Liniker, Alcione, Martinho da Vila, Tim Bernardes e Maria Gadú.
Atualmente a orquestra é gerida pela Fundação Padre Anchieta e integra sua grade principal de atrações com o programa “Brasil Jazz Sinfônica”, sendo exibido todos os domingos, às 20:00, com reprises às quartas-feiras, à 01:00.
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