Fundação Padre Anchieta

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Foto: Yulia Altukhova
Foto: Yulia Altukhova Anastasia Kobekina

Ouça o álbum completo:


A violoncelista russa Anastasia Kobekina, de 29 anos, fez sua formação basicamente na Europa. Primeiro na Alemanha, onde estudou com FRans Helmerson e Jens-Peter maintz; depois em Paris com Jerome Pernoo. E atualmente estuda violoncelo barroco com Kristin von der Goltz em Frankfurt. Foi terceiro lugar no Concurso Tchaikovsky de 2019.

O que me chamou a atenção não foram estas credenciais, mas o cardápio do recente CD de estreia dela na Sony, intitulado “Venice”, Veneza. Claro que estão presentes obras de compositores do século 18 muito ligados à cidade, como o célebre “Lamento d’Arianna”, de Monteverdi e concertos de Vivaldi. Também não surpreende a inclusão de obras de contemporâneos deles muito conhecidos, como Johann Sebastian Bach; e mesmo daqueles e daquelas pouco falados, como Antonio Sartorio e Barbara Strozzi. Ela começa a surpreender quando inclui peças do compositor ucraniano Valentin Silvestrov, hoje com 87 anos, e da norte-americana Caroline Shaw, de 42 anos. Outro nome importante da música contemporânea, o húngaro Gyorgy Kurtág, hoje com 98 anos,

As surpresas não param por aí. Outros nomes inesperados também estão presentes. Como o pai da ambient music, o britânico Brian Eno, de 75 anos, e seu compatriota Benjamin Britten. O buquê inclusivo completa-se com a presença sempre bem-vinda de Nino Rota, o mago das trilhas sonoras de Fellini. Até o pai de Anastasia, Vladimir Kobekin, de 76 anos, está entre os compositores que, geográfica ou sentimentalmente percebem-se umbilicalmente ligados a Veneza.