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Há onze anos radicado no Brasil, o violoncelista norte-americano Lars Hoefs vem fazendo de Villa-Lobos sua motivação maior na música. Além das aulas de instrumento e história da música na Unicamp, ele é diretor artístico do Festival Internacional Villa-Lobos de música de câmara no sul da California, que em 2025 comemora seus 10 anos de existência. Villa tem sido o abre-alas do festival, que vem promovendo estreias mundiais de compositores brasileiros como Liduíno Pitombeira, João Guilherme Ripper, Paulo Chagas, Ricardo Tacuchian e Marco Padilha, entre outros.

O CD desta semana na Cultura FM intitula-se “Villa-Lobos Grand Concerto para cello e piano”, com Hoefs e a pianista Aline Alves. E traz uma primeira gravação mundial da versão original para violoncelo e piano do Grand Concerto de Villa-Lobos. “Ele compôs a obra para duo em 1913 e, dois anos depois, orquestrou a parte de piano para uma orquestra completa”, diz Hoefs. “Adoro este concerto, tão cheio de ambição juvenil, invenção e entusiasmo desenfreado! ”

O álbum é uma produção do Villa-Lobos International Chamber Music Festival dirigido por Lars Hoefs e foi gravado por Dimas D’Amico no auditório do Instituto de Artes da Unicamp nos últimos dois meses.

Além desta descoberta, o duo interpreta peças brasileiras, como a “Mazurca”, opus 1 de Alberto Nepomuceno, a mazurca-choro de Viklla-Lobos, originalmente para violão, um dos movimentos da “Suíte Popular Brasileira”, em arranjo de David Ashbridge. E dois bombons especiais: ‘The Last song”, de Clarice Assad, original para violão, em arranjo de Ondrej Vesely; e “Melodia Sentimental”, hit do Villa, em arranjo do próprio Lars.